domingo, 27 de fevereiro de 2011

Encontro de vinhos!


No dia 25 de Abril acontecerá o Encontro de Vinhos, no Pomar da Bendita Hora, em Perdizes, São Paulo. O evento, organizado pelos blogs "Papo de vinho" e "Vinhos de corte" acontecerá da mesma forma que os outros Encontros de Vinhos, com os expositores em mesas, apresentando seus vinhos para os visitantes. A diferença é que desta vez haverá palestras, que acontecerão num espaço anexo. Grandes nomes já foram confirmados. O Encontro de Vinhos antecede propositalmente a Expovinis 2011, que será entre os dias 26 e 28 de Abril, também em São Paulo.

O evento tem o formato table top, ou seja, os expositores colocam seus vinhos em mesas e os visitantes têm a chance de conhecer e degustar todos os vinhos expostos no dia. O Encontro deste ano espera a presença de mais de 600 participantes, 28 expositores e 150 rótulos e vinhos degustados com preços de R$50 a R$1.200,00.

Além disso, durante todo o evento serão servidas as deliciosas pizzas da Bendita Hora (inclusive a famosa e premiada pizza de abobrinha) em formato coquetel. Por isso, não percam! Mais informações em breve!! 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Enchanteur 2006

Há tempos que queria preparar uma massa seca à base de tinta de lula... Em minha última ida à Casa Flora  eu trouxe um pacote dessa massa, mas sempre tive dúvidas de como preparar e quais ingredientes utilizar.
Em uma conversa com Rodrigo Albernaz (professor e amigo) ele sugeriu que eu a preparasse com um molho bechamel, lulas e, para finalizar, uma redução de aceto balsâmico. Achei a sugestão incrível, mas achei que não fosse dar conta do recado.
E o tempo foi passando, passando, até que chegou o momento de encarar o desafio. Neste último domingo decidi preparar a pasta “à moda Albernaz”. E não é que ficou excepcional! Meus pais, meus irmãos e meu marido adoraram... Receita aprovadíssima! Achei que não conseguiria deixar a lula em um ponto bom, mas lendo o blog da Marcele, o “Cozinha Pequena”, me senti mais confiante e encarei o desafio dos anéis de lula... e deu tudo certo. Isso, sem falar na redução de aceto balsâmico, que deu um adocicado delicioso ao prato.

Para o almoço ficar completo, só faltava um vinho que encarasse e desse conta desses sabores todos... O escolhido foi o rosè australiano (recém adquirido na Grand Cru) Enchanteur 2006, The Colonial Estate, da famosa região de Barossa Valley.
Elaborado 100% com a uva Grenache, esse vinho com coloração de pôr-do-sol apresentou aromas bem minerais, levedura, um pouco de grama cortada, pimenta e flores... Na boca, excelente corpo, boa persistência, notas de frutas vermelhas e um frescor delicioso.
A harmonização ficou excelente, pois a acidez do vinho agüentou a gordura do molho branco e das lulas! Outro vinho que deve combinar muito bem com esse prato é um Riesling da Alsácia, ou um Sauvignon Blanc da Nova Zelândia...

Com certeza vou repetir esse prato, substituindo as lulas por camarões e testar esses vinhos... Que trabalho difícil! Olha só o que eu não faço pelos meus leitores!!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Rèmole 2008 no Bottagallo

O Bottagallo foi o restaurante eleito para o jantar de sábado! (já publiquei um post sobre ele aqui). Estava morrendo de vontade de saborear as porções botta...  É leitores, eu sofro de um grave problema: quando vou a um restaurante e gosto de um determinado prato, não consigo escolher outro, fico sempre no mesmo! Sei que perco muitas oportunidades sendo assim, mas não consigo optar por algo novo. E, desta vez, não foi diferente... comi os mesmos pratos que da última vez: risotto de funghi e gnocchi dourado, mas consegui incorporar mais um prato (que já se tornou um dos favoritos): polenta grelhada com queijo gorgonzola, bolonhesa e funghi...


E, claro, como não poderia deixar de ser, a bebida escolhida para harmonizar com esses pratos foi vinho!
Eu queria um branco, mas o restante da mesa queria tinto... Confesso que não gosto de tinto neste calor, a não ser que tenha uma estrutura bem leve, caso contrário, sinto mais calor ainda. Não sei como tem gente que consegue tomar um Malbec ou um Cabernet Sauvignon do Novo Mundo com esse calor infernal de SP... Mas, voltando ao assunto, fui voto vencido e ficou decidido que tomaríamos um tinto. Para escolher um tinto italiano bem levinho, pedimos a ajuda do sommelier Paulo, que nos ofereceu o toscano Rèmole.

Elaborado a partir da uva Sangiovese, com um pouquinho de Cabernet Sauvignon, este vinho apresentou um vermelho rubi bem vivo. No nariz, aromas de frutas vermelhas bem frescas (característica da Sangiovese) se destacavam. Na boca mostrou-se bem leve, com notas de cerejas e morangos, álcool na medida, pouco persistente, simples e agradável... Vinho bem feitinho, fácil, sem compromisso, que agradou a todos e, o melhor, muito bom para o calor...

Na harmonização com os pratos ele não se saiu tão bem, pois a comida sempre se sobrepôs ao vinho, com mais potência, mas funcionou... Recomendo!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Um brinde à sexta-feira!

Depois de uma semana intensa de trabalho, nada melhor do que chegar em casa, tirar os sapatos, tomar um banho deliciosamente refrescante e preparar uma comidinha para saborear com vinho!

O prato escolhido foi um tortelloni de queijo ementhal com limão siciliano, que comprei lá no espaço Artgusto, durante a comemoração do aniversário da Lara. (Não leu? Clique aqui). Preparei um molho bechamel bem levinho para acompanhar a pasta. Resultado: Uma delícia! Durante o breve cozimento da massa, é possível sentir o cheirinho de limão siciliano se espalhando pela cozinha. Mas, o bom mesmo foi saborear a massa: leve e saborosa com o queijo ementhal derretidinho e um leve toque de frescor do limão...
O prato está muito feio visualmente, mas garanto que no paladar estava excelente!
Para harmonizar com este prato decidimos optar por um vinho tinto, aproveitando que a temperatura, durante a noite aqui em São Paulo, tem sido um pouco mais amena. O eleito foi o Cavas Submarinas 2007, do Valle del Itata, no Chile. Adquirimos esta garrafa durante a Abravinis, onde conhecemos o processo de armazenagem desse vinho: o mar. (se você não leu, clique aqui).

Elaborado a partir da inusitada mistura de Carmenère (15%) com Pinot Noir (85%), esse vinho apresentou um vermelho rubi bem intenso, mas com a clássica "transparência" da Pinot. No primeiro ataque aromático percebemos coco, depois os aromas de frutas negras, com leves toques de madeira e tostado eram facilmente identificáveis. Na boca, excelente acidez, bom corpo, com notas de chocolate ao leite e frutas vermelhas, mas um pouco desequilibrado, já que havia um pouco de álcool em destaque. Ainda assim, um vinho bem gostoso!
A harmonização ficou bastante interessante, principalmente porque a massa acompanhada do vinho fez com que o sabor do limão crescesse na boca e isso, para mim, não é problema algum afinal, tenho verdadeira adoração por limão...  (só de escrever, minha boca enche d'água). Excelente dica para receber os amigos...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Espumante Aurora Pinot Noir

Há alguns dias publiquei que a vinícola Aurora estava divulgando sua espumante 100% Pinot Noir na comemoração dos quinze anos da São Paulo Fashion Week. (não leu? clique aqui)
Saí na busca de encontrá-la afinal, recebi informações de que já estava bem mais fácil adquirir uma garrafa... E foi fácil mesmo... encontrei no supermercado.
Ansiosa como sou, cheguei em casa, coloquei a garrafa para gelar e, assim que alcançou a temperatura ideal,  abri a garrafa.  Na taça apresentou um amarelo palha bem claro, com reflexos esverdeados. Aromas de pão e frutas cítricas bem levinhos. Na boca apresentou boa acidez e notas de frutas tropicais, mas apresentou também um amargor no retrogosto que me incomodou muito; pior que remédio. Eu, particularmente, não gostei; mesmo porque existem outros espumantes nacionais,  elaborados, também pelo método Charmat e que são bem superiores e com valores bem mais justos.

Será que os fashionistas gostaram?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Maratona e Château d'Yquem


A comuna francesa Sauternes, juntamente com um grupo de organizadores locais, fará uma maratona no dia 4 de junho que contará com até 1000 competidores. No trajeto estão algumas regiões que incluem famosas comunas como Fargues, Bommes, Sauternes, Barsac e mais de 30 châteaux.

As pessoas que completarem o percurso de 26,2 milhas receberão uma garrafa de vinho Château d'Yquem, medalha e camiseta. Já os vencedores da categoria masculina e feminina receberão o equivalente ao seu peso em vinhos Château d'Yquem.

Estou indo treinar! Tchau!
Fonte: Revista Adega


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Festa VIP (parte 2)

Todos já sabem que o aniversário era da Lara, mas o chef Diego Schmidt resolveu presentear a todos nós com a sequência de pratos que ainda estavam por vir. Preparados?
Como primeiro prato nos foi servido um tortelloni de salmão defumado com espuma de wassabi. Massa leve, macia, com muito recheio de salmão deliciosamente saboroso... A espuma de wassabi surpreendeu a todos, pois achávamos que seria super forte. Mas não foi isso que aconteceu afinal, ela era leve, bem aerada, levemente picante.

Tivemos muitas dúvidas com a harmonização, mas decidimos abrir um Riesling da região da Alsácia (França), o Domaine Josmeyer 2006. Na taça apresentou um amarelo bem clarinho. No nariz mostrou-se bastante aromático, com destaque para os aromas de verniz, flores e lichia. Na boca, bom corpo, leve, fresco, uma mineralidade que surpreendeu. Vinho espetacular (eleito por mim o melhor da noite!), mas que não deu conta da potência de sabor do salmão defumado.

O segundo prato foi um ravioli de queijo chèvre, manteiga noisette de figos frescos e aspargos verdes. Tão delicioso quanto o primeiro prato, mas com um plus: a manteiga “queimadinha” deu um super sabor aos figos e aspargos.

Aqui também tivemos outra dificuldade com vinhos afinal, os aspargos dificultam a harmonização. Decidimos continuar com a uva Riesling, só que agora da Alemanha, da região do Mosel, o Dr. Loosen 2007. O mais bacana dessa harmonização foi perceber que a mesma uva, de regiões próximas, apresenta características tão diferentes. Este Riesling apresentou notas minerais bem marcantes. Muito querosene, petróleo, pedra de isqueiro. Na boca, bastante acidez e um açúcar residual que deixava um leve adocicado no final, que foi contrabalanceado pela forte acidez, deixando-o muito refrescante e agradável.

Para a sobremesa, o chef Diego nos reservou uma surpresa e tanto: Lasanha de chocolate acompanhado de creme vanilla.

Massa leve, com recheio de chocolate bem espesso, denso, cremoso,... A harmonização escolhida aqui foi com o vinho do Porto Rosè, Messias, composto pelas castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca. Esse vinho é para ser tomado mais refrescado, por volta dos 8 graus. Ideal para nossas elevadas temperaturas. Na taça apresentou um vermelho bem vivo, cor de sangue. No nariz, cerejas, na boca, além do álcool, cerejas ao maraschino. Perfeito!

Delícia de aniversário, hein? Desse jeito eu quero fazer aniversário toda semana!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Festa VIP (parte 1)

Na noite de quinta-feira alguns membros da Confraria Tarja Preta decidiram se encontrar para comemorar o aniversário da confreira e também sommelier Lara afinal, ela merecia uma festa VIP. E o local que nos foi proposto pela Mariana (que tem muitos contatos pois trabalha com eventos) foi o espaço Artgusto, na Vila Olímpia.
Esse espaço, comandado pelo chef de cozinha Diego Schmidt, é um espaço de divulgação e comercialização de massas frescas e secas, preparadas pelo próprio chef. Massas que fogem do tradicional e que justamente nos surpreendem pela diversidade de sabores e ingredientes utilizados. Alguns exemplos dessa variedade são o Fettuccine Limão Pimenta, Tortellini de Confit de Pato ao perfume de laranja, Tortelloni de Shitake com cebollete, dentre vários outros. Tudo isso sem contar o lugar que é delicadamente belo: chão de madeira e pequenos jardins suspensos de ervas frescas alegram e perfumam o ambiente.
Decidimos assumir nossos lugares na mesa e qual não foi a nossa surpresa quando observamos o cardápio com a sequência de pratos da noite... “Menu Tarja Preta”
Adoramos a homenagem!
Primeiro um brinde à aniversariante e esse brinde foi com a espumante Arte, da Casa Valduga (70% Chardonnay, 30% Pinot Noir). De um amarelo bem clarinho, apresentou aromas de frutas tropicais. Na boca mostrou bom perlage, muito frescor e leveza. Muitíssimo refrescante! Parabéns Lara!!


Seguimos para as comidas. A entrada foi uma salada de folhas verdes com sorvete de gorgonzola e granola salgada (pistaches, lâminas de amêndoas e pinolis)

Sorvete de Gorgonzola, como assim? Manjar dos deuses... Fresco, delicado, cremoso, derretendo por cima das folhinhas verdes... Inspirador... E olha que eu nem gosto de gorgonzola... Agora eu quero esse sorvete todo dia!!!
Harmonizamos com o espumante 130 da Casa Valduga. Essa espumante é considerada a top da Casa Valduga e eu acho que merece o título. Na taça apresentou um amarelo claro com reflexos dourados. Aromas de brioches eram intensos, assim como notas de frutas secas. Na boca apresentou notas de pão, amêndoas e um pouquinho de tostado. Perlage e Persistência excelentes! O Brasil caminha a passos largos na qualidade de espumantes. Também partilho da idéia de que esse tipo de vinho é o melhor da nossa produção nacional.

Essa harmonização foi considerada a melhor da noite. Acreditávamos que a espumante não resistiria à gordura, à textura e à temperatura do sorvete de gorgonzola, mas fomos deliciosamente surpreendidos!
A continuação deste post fica para amanhã... Muitas comidinhas deliciosas, com vinhos também incríveis. Não percam!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Os sete pecados capitais em garrafas

Os históricos sete pecados capitais foram utilizados como elementos para a criação de garrafas para uma bodega da Rioja, Espanha. Este trabalho incrível foi desenvolvido pelo Sidecar Studio. Vejam cada garrafa linda! Qual vocês preferem?

GULA


INVEJA


AVAREZA


IRA


LUXÚRIA


SOBERBA


PREGUIÇA
Imagens: Blog Vino Divino Vino

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Bar Kintarô (parte 3)

Leitores, chegamos a terceira e última parte sobre o encontro da Confraria Tarja Preta no bar Kintarô.
O último prato servido foi o edomae chirashizushi (sushi no prato à moda de Edo) - uma releitura elaborada por Taka de um prato clássico... E que releitura!!  Atum, camarões, ovas de peixe voador, broto de alfafa, lulas, ...
E a bebida eleita para harmonizar com esse prato foi o Saquê.
O saquê degustado foi o Jozen Mizuno Gotoshi, do tipo Junmai Ginjo, com 60% de polimento do arroz, da região de Niigata, produzido por Shirataki Sake Brewery. Vale lembrar que Niigata é a província que produz os melhores e mais caros tipos de arroz do Japão. Com sabor muitíssimo delicado, ficou muito bom com o prato.
Para encerrar a noite, abrimos mão da sobremesa. Decidimos abrir uma última garrafa. A eleita foi um Riesling 2009 da Nova Zelândia, da região de Malborough. De uma coloração quase transparente, apresentou aromas muito frescos como pêra e abacaxi. Na boca, excelente acidez, muito frescor, notas de abacaxi bem fresquinho... Delíciosamente refrescante!
Balanço da noite: conversa boa, comida saborosa, vinhos interessantes, risadas intermináveis e uma taça quebrada!
Mês que vem tem mais confraria!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Bar Kintarô (parte 2)

Reunir amigos em torno de uma mesa já é bom. Agora, se esses amigos forem apaixonados por vinho, é muito melhor. E quando esses amigos trazem novos amigos que também são apaixonados por vinho, o encontro fica ainda mais especial...
E foi nessa grande alegria que o Taka continuou a nos trazer mais pratos para saborearmos:
Na sequência apareceu o nasu no misoae (Berinjela com missô) - saborosamente divina, sem aquela acidez típica da berinjela que “pica” a língua.
Segui-se com o Borano tamago no shoyuni  (Ovas de tainha com marisco) - Essas ovas de tainha são cozidas em shoyu. Elas ficam parecendo um biscoitinho, todas juntinhas. Quando você põe na boca e morde, essas ovas se espalham pela boca, se desprendem umas das outras, criando uma sensação que eu não consigo nem explicar. Experiência única.
Já não bastasse tudo isso, apareceu o tonkatsu, que são suculentas milanesas de porco, feito a partir do lombo.  A casquinha é outro espetáculo a parte, tem uma crocância... Mas a receita é segredo de estado, nos restando apenas a possibilidade de saborear!
Leitor, você deve estar se perguntando: E as fotos? Pois é, a conversa estava tão animada e a comida tão saborosa que eu me esqueci de fotografar... Mas tudo bem, eu pretendo voltar lá em breve e fotografar tudo (que sacrifício, né??)
O vinho que abrimos para harmonizar com essa sequência foi um Chardonnay chileno da região de Casablanca, o Nimbus 2006. De coloração amarela, com reflexos esverdeados apresentou aromas típicos de abacaxi, maracujá e um pouco de casca de limão. Na boca, notas de abacaxi e maracujá se faziam presente. Acidez e frescor marcantes. Muito bom! Talvez não fosse o vinho perfeito para os pratos, mas como já disse em outro post, às vezes isso nem importa, tamanha é a alegria de poder confraternizar.
Abrimos também o Ironstone, 2008, um Cabernet Franc americano, da Califórnia. Vermelho intenso com reflexos violáceos apresentou aromas de morango e framboesa. Na boca apresentou taninos duros, deselegantes e no final ainda apresentou um leve amargor que me incomodou muito. Particularmente não gostei. Ficou na taça, esquecido, enquanto eu comia e conversava animadamente...
Vocês querem saber se teve mais comida? Teve sim, com direito a saquê de altíssima qualidade! Mas isso fica para segunda-feira, ok? Controlem a ansiedade!!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bar Kintarô (parte 1)

Na noite de quarta-feira aconteceu mais um encontro da confraria Tarja Preta.
Já estou devendo uma explicação a respeito desse nome, não é mesmo? Vamos lá então: Em um evento que realizamos na casa Nieto Senetiner, nossa amiga e também sommelier Marisa comentou que sua mãe costumava afirmar que pessoas que tomam remédios de tarja preta para descansarem ou para aliviarem o estresse nunca, de fato, tomaram um bom vinho afinal, esse sim é um bom remédio; porque não há nada melhor para aliviar as tensões do dia a dia do que abrir uma garrafa de vinho e dividi-la com pessoas especiais... Desde então, esse passou a ser o nome da nossa confraria, que é sempre realizada na primeira quarta-feira do mês.
O encontro de anteontem foi no bar Kintarô, de propriedade de Willian Takahiro, mais conhecido como Taka, nosso querido amigo, famoso lutador de sumô, advogado, sommelier, chef de cozinha e mais um monte de coisas (eu desconfio que o dia dele tenha umas 36 horas... pelo menos!)
O bar, ou boteco, como ele prefere chamar, é famoso pelos seus deliciosos petiscos que são servidos diariamente. Tão delicioso e tão famoso que existem excelentes críticas sobre o boteco na Internet. Os textos do Marcelo Katsuki - da Folha de São Paulo e o texto de Fabrício Corsaletti - da Revista da Folha são maravilhosos. Vale a pena o clique aqui e aqui.
No jantar, o Taka resolveu nos presentear com um jantar legítimo e tradicionalmente japonês (sem as “invencionices” que sem tem visto por aí) para ser harmonizado com vinhos.
Estejam preparados leitores afinal, muita coisa boa vai aparecer agora:
Nada melhor do que começar uma confraternização com espumantes, não é mesmo;

e seguindo essa premissa divina, iniciamos nossos festejos com a espumante 3B, da Filipa Pato, que é elaborado a partir das uvas Baga e Bical. Na taça apresentou um tom rosé bem suave. Aromas de cereja, morango e goiaba estavam presentes. Na boca esses morangos tomavam força e se destacavam ainda mais. Com acidez equilibrada, esse espumante português bastante delicado ficou ainda mais tentador quando na mesa chegou o hananira to geso no bata itame...
Que sabor divino! Com tempero leve e equilibrado, essa "saladinha" preparada a base de hananira com pedacinhos de shitake e lula na manteiga me fizeram suspirar a cada garfada!
Em seguida ele pôs na mesa o Gyuniku no tataki  
Um tipo de roastbeef, com cebolas roxas, molho ponzu (shoyu ácido), shiso e gengibre. Outro espetáculo a parte, que combinou perfeitamente com a noite quente que fazia em São Paulo. O filet mignon é selado e misturado a temperos secretos, que só pertencem ao chef. Que maciez! Que molho azedinho mais delicioso!
Este prato foi harmonizado com o Nieto Senetiner Malbec Rosé Nouveau 2010, que passa rapidamente por barricas de acácia, que lhe confere aromas intensos de flores. Diferente, né?
Além dos aromas florais, morangos se faziam presentes.  Na boca apresentou bastante persistência e equilíbrio. Vinho muito bem feito e que harmonizado com o prato me deixou sem palavras...
Leitores, isso é só o começo... Amanhã teremos a continuação da descrição dessas comidas e vinhos, não percam!
Mas antes que eu encerre este post, preciso conferir crédito às fotos dos pratos. Thalita, amiga do Taka e nossa amiga, agora, foi quem as tirou...  Bem vinda ao grupo Thalita! Saúde!