segunda-feira, 25 de julho de 2011

Harmonizando vinho com água?

Sim! Às vezes o vinho é tão bom que compensa harmoniza-lo apenas com água...

E foi isso o que aconteceu numa tarde dessas: optei por abrir uma garrafa do famoso Anwilka 2006, da região de Stellenbosch, na África do Sul. O vinho estava tão maravilhoso que foi harmonizado apenas com um copo com água!


E valeu a pena! Elaborado com as castas Cabernet Sauvignon (66%), Shiraz (29%) e Merlot (5%), além de passar por barrica francesa por 10 meses, este vinho apresentou, na taça, um vermelho rubi com reflexos arroxeados. Notas de frutas vermelhas maduras, frutas negras e pimenta se destacavam. Na boca, mostrou elegância, equilibrio, com taninos macios, notas de baunilha e ameixa, bom corpo e excelente persistência!

Vou comprar outra garrafa agora!!

domingo, 24 de julho de 2011

Para aquela que tem vinho até no nome!

Fiquei realmente triste com a morte tão precoce de Amy Winehouse! Adorava suas letras! Uma voz tão incrível e uma alma incompreendida... Por isso, para ela, que tem vinho até no nome, ergo um brinde...

Sim, as lágrimas SEMPRE secam!
                    

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Vaca atolada e vinho!

Na noite de ontem fomos jantar na casa de minha amiga e chef de cozinha Thabata, proprietária do restaurante "O caipira". E, para nos receber, ela preparou um jantar delicioso: vaca atolada!

Para quem não conhece, este prato é típico da culinária mineira e tem como ingredientes principais a costela bovina e a mandioca.

Conforme este prato foi posto na mesa, o aroma se espalhou pela casa, anunciando que estava na hora de todos assumirem seus lugares e iniciarem a difícil tarefa de saborear o prato.

Difícil, né?
A cada garfada era possível perceber a maciez da carne... Uma verdadeira delícia, extremamente saborosa e suculenta...

Para harmonizar, escolhemos o argentino Sur de los Andes, Cabernet Sauvignon 2008.


Com uma coloração violácea e reflexos negros, esse vinho apresentou aromas de terra e um leve toque de baunilha. Na boca, bom corpo, taninos macios e notas de frutas secas. Um vinho simples e bem-feito, para a listinha dos bons e baratos do dia-a-dia. Harmonizou super bem com a vaca atolada afinal, não se trata de um prato condimentado por isso o vinho agüentou muito bem. Harmonização recomendada!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Gewürztraminer e sushi? Será que combina?


Sim!! No último final de semana tentei a harmonização entre sushi e o vinho branco elaborado com a uva Gewürztraminer, da Nova Zelândia, e deu super certo!

Sabemos que a harmonização considerada "ideal" é aquela com espumante, mas este blog se propõe a descobrir novas combinações e foi isso que tenho tentado fazer com a comida japonesa. Já tentei harmonizar sushi com um Riesling da mesma região e do mesmo produtor, mas não deu certo (não leu, clique aqui).

Dessa vez decidi tentar com a nossa amiga íntima "Gewürz"... e deu tudo certo. O rótulo escolhido foi o Yealands Way 2009, da região de Malborough.

Esqueci de fotografar a minha garrafa. Esta é do site do Pão de Açúcar
Com coloração amarelo palha bem clarinho e com reflexos esverdeados, esse vinho apresentou aromas deliciosos de flores e frutas cítricas como abacaxi. Na boca, mostrou médio corpo, frescor e leve doçura. A acidez do vinho foi suficiente para limpar a boca da gordura do salmão cru e proporcionar um gostinho de quero mais! Além disso, as notas florais e de frutas citricas combinaram com o peixe... Mais uma harmonização nota dez!

Em breve, tentarei com Sauvignon Blanc e Torrontés.

terça-feira, 19 de julho de 2011

"Queijos e vinhos" da Confraria Tarja Preta - parte final

Como é bom poder participar de encontros onde a única coisa que realmente importa é se divertir, não é mesmo? E foi nesse ritmo que decidimos partir para a harmonização dos queijos com vinho tinto. 

O escolhido foi o espanhol  L'ame Malbec 2008 . Na verdade esse vinho não foi escolhido para harmonizar, mas sim para saciar a curiosidade de experimentar um Malbec espanhol, coisa que eu nunca tinha visto antes!


Quanta decepção!! Era tanta madeira, que parecia que estava lambendo a barrica. Vinho extremamente adstringente, desequilibrado que não serviu para combinar com nadinha do que tinha na mesa. Aliás, acho que ele não vai harmonizar com nada, nunca. Tinha até uma coloração bem bonita: vermelho rubi com reflexos arroxeados e só! Ah, tinha também um rótulo bem alegrinho... Eu gosto!

Então, decidimos esquecer a decepção do malbec espanhol e partimos para a finalização da nossa degustação com um vinho do porto. O eleito foi o clássico Porto Ferreira Tawny.


Com coloração vermelha de nuances alaranjadas, esse vinho apresentou aromas de figos e amêndoas. Na boca, bom equilibrio entre a doçura e o álcool, com gostinho de mel e figos secos. Na harmonização com os queijos este ficou perfeito com o queijo gorgonzola e ficou diferente com o gruyère. Vale a pena experimentar!!

E assim terminou mais um encontro da Confraria Tarja Preta, que volta no início do mês de agosto com outra harmonização clássica de inverno: Vinhos e Fondue! Até lá!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"Queijos e Vinhos" da Confraria Tarja Preta!

Ontem aconteceu mais um encontro da Confraria Tarja Preta. Dessa vez o local escolhido para a realização do encontro de "Queijos e Vinhos" foi a minha casa! Foi tão bacana passar a manhã de domingo arrumando a mesa! Mais bacana ainda foi escutar os comentários e elogios. Confesso que também achei que a mesa ficou bem bonita. Confesso também que a preparei com muito carinho afinal, amigos queridos iriam participar desse encontro, embora nem todos tenham conseguido vir!


A idéia, como foi dito, era a de harmonizar queijos com vinhos. Mas, mais do que isso, a idéia também era a de passar uma tarde de domingo alegre e descontraída. Pensando assim, selecionei alguns queijos e coloquei na mesa. Acrescentei o nome de cada um deles para facilitar a identificação. Alguns pães, frios, saladinha caprese no palitinho e frutas como damasco seco, morangos e uvas fizeram parte da composição da mesa.






Pensar em vinhos que harmonizassem com essa variedade de petiscos é bastante complicado. Por isso, decidi pensar em rótulos que combinassem de modo mais geral com a mesa.
Para começar, escolhemos a cava Don Román Brut. Elaborada a partir da clássica composição das uvas Parellada, Macabeo e Xarello, esta deliciosa espumante mostrou um amarelo palha bem bonito. No nariz, muita fruta fresca como pêra e abacaxi, e um pouquinho de fermento; na boca, uma acidez incrível, que tornou a cava bastante leve e fresca.


Na harmonização com os queijos, penso que ela se saiu melhor com o queijo gouda holandês, com o parmesão e com o patê de queijo pecorino. Com o queijo estepe ficou horrível, pois criou um amargor na boca.
Em seguida partimos para um Sauvignon Blanc da Nova Zelândia, o Greywacke 2010, da região de Malborough.


Com um amarelo palha bem clarinho e com reflexos esverdeados, este vinho surpreendeu no aroma pois apresentou muito pimentão, além de toques cítricos como laranja e limão. Na boca o pimentão se confirmou intensamente. Além disso mostrou ótima acidez que, no geral, combinou bem com os queijos brie e gruyère. Também ficou super bom com a saladinha caprese e com os damascos. Vale a pena experimentar!

Em seguida fomos para os tintos... Mas isso é assunto para amanhã!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Strogonoff e um Shiraz com preço justo!

Nesses dias de frio sempre cai bem uma comidinha mais pesada, tipo strogonoff né? E, escolher um vinho para harmonizar com este prato e não errar nunca é escolher um Shiraz. Isso porque o vinho dessa uva é capaz de agüentar a potência e a untuosidade do molho, assim como a picância dos temperos.

Esqueci de tirar a foto do meu prato! Este é do site da Nestlé!

Em tempos de crise é importante também escolher um vinho que não pese no bolso, mas que seja bom, não é mesmo? Por isso escolhemos um vinho básico, barato e bem feitinho, o chileno Casillero del diablo Shiraz 2008.


Que vinho saboroso! Aliás, toda a linha da Casillero del Diablo é bem saborosa. Li uma vez que são vinhos didáticos! E são mesmos afinal, você consegue analisar cada uva tão direitinho...

Este se mostrou com um vermelho rubi bem intenso, que tingia a taça e com reflexos violáceos e negros. No nariz, aromas de especiarias, frutas vermelhas e negras em compotas, além de um toque de café tostado e chocolate ao leite. Na boca apresentou bom corpo, taninos elegantes, acidez que suportou a gordura do prato e um retrogosto de chocolate delicioso!

Sempre tenho uma garrafa dessa na adega. Sou fã desse Shiraz!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sempre Luís Pato

Não sei se vocês sabem, mas eu adoro o Luís Pato. Gosto dessa coisa da criatividade, da inventividade, das novas descobertas... e isso tudo é tão característica dele e dos vinhos que ele produz, né? Já publiquei sobre um vinho dele aqui.

Se eu já gostava dele, agora eu gosto mais ainda; sabe porquê? Porque ele levou a sua irreverência, a sua criatividade e, por que não, sua ousadia, para a etiqueta do seu mais novo vinho.
Este novo rótulo foi fruto da criatividade da M & A Creative, que usou a idéia de rebeldia (que caracteriza o próprio vinicultor) para criar um conceito irreverente usando a imagem dele como ilustração gráfica.


Imagens: Lovely Package
Eu adorei! Já me imagino no restaurante bebendo este vinho e todos das mesas ao redor curiosos para saber do que se trata! Ou vocês não reparam no que as pessoas bebem nos restaurantes... Pronto, confessei: Eu estou sempre olhando!!!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Virou moda!

Está na moda lançar rótulos de vinhos para prestigiar famosos. Primeiro foi Juan Manuel Fangio (não leu, clique aqui), agora chegou a vez da linda Marilyn Monroe ser celebrada!


Produzido pela casa francesa JM Gobillard & Fils, para a companhia norueguesa Rosmersholm, o champagne Marilyn Monroe Premier Cru Brut vem em comemoração ao 50° aniversário da morte de uma das maiores divas do cinema. Elaborado com  Chardonnay (50%), Pinot Noir (25%) e Pinot Meunier(25%) foi descrito como frutado, sedoso e elegante.
Para adquirir, basta acessar o simpático site champagnemarilynmonroe.com. Além da garrafa, você pode adquirir também as taças desenhadas para servir o champagne.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um brinde com vinho libanês!

Não é a primeira vez que faço um post sobre um vinho libanês (não leu, clique aqui). É bacana e essencial provarmos vinhos diferentes, de países diferentes, para não ficarmos com um conhecimento limitado, embora eu saiba que jamais vou aprender tudo sobre vinhos (ou sobre qualquer outra coisa), infelizmente...

Então, não tive dúvidas em adquirir esta garrafa enquanto xeretava as prateleiras na loja da Ville du Vin, em Moema.


O rótulo em questão é o Les Bretèches 2007, do Chateau Kefraya, elaborado com as uvas Cinsault, Cabernet Sauvignon, Syrah, Mourvèdre, Tempranillo, Carignan e Grenache (ufa!)

Com coloração vermelho rubi bem vivo, apresentou aromas frescos de frutas vermelhas, um pouco de terra e de couro molhado. Na boca mostrou-se leve, fresco, com as mesmas notas de frutinhas vermelhas com média persistência. Eu gostei, mesmo porque ele apresenta uma boa relação custo/ benefício. O preço da garrafa gira em torno de R$ 50,00.

Para harmonizar decidi preparar arroz selvagem, que eu adoro...  Ele é tão saboroso que pouco precisa de acompanhamentos para eu me deliciar... Tanto que o preparei apenas com um refogadinho de tomates grapes e palmito...


Ficou uma delicinha! Jantar leve, cheio de fibras e acompanhado por um vinho bem gostoso. Recomendo! 

terça-feira, 5 de julho de 2011

Quem quer ganhar uma garrafa de Champagne Cristal?

Kate Moss e Jamie Hince se casaram na última semana, no vilarejo de Little Faringdon, na Inglaterra.


E, notícias na Internet dão conta de que, para agradecerem ao povo de lá por terem suas ruas fechadas e tomadas por paparazzi em torno da propriedade onde aconteceu a comemoração do casamento da top e do rockstar, garrafas de champagne Cristal foram entregues na casa de cada um dos moradores do vilarejo, acompanhadas de um cartão que dizia: “Obrigado por sua paciência e compreensãoMuito amor, Kate e Jamie".


Para quem não conhece, vamos à história: Fundada em 1776, a maison Louis Roederer criou 100 anos mais tarde o célebre Champagne Cristal, a pedido do czar Alexandre II da Rússia (que reinou de 1855 a 1881), um apaixonado pelos champagnes Roederer. Decidiram, então, elaborar um champagne exclusivo, que seria engarrafado no mais nobre e puro cristal: o cristal de Baccarat. Daí o nome que o consagrou.

Kate, a minha rua estará sempre disponível para suas festas. E, se você quiser, eu ainda te empresto a minha garagem! 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pasta negra com vinho australiano, será que combina?

Almoço de domingo definido: Macarrão negro com molho bechamel, camarões refogadinhos no alho e uma redução de aceto balsâmico por cima... Delícia!


Eu já havia feito esse prato só que com lulas (não leu, clique aqui) e havia comentado que tinha a intenção de fazer com camarões. De fato, o prato ficou muito melhor!! O aceto balsâmico reduzido dá um gostinho incrível... um azedinho caramelizado que eu adoro!

Como meu pai não come molho bechamel, preparamos um molho de tomates para o prato dele. Ele garante que fica muito melhor...


Para harmonização escolhemos o vinho branco australiano, da região de Barossa Valley, Expatrié 2006 da Colonial Estate, elaborados com a uva Semillon (85%) e Riesling (15 %), que eu adquiri na Grand Cru.


Uma palavra para defini-lo: DIVINO!! Na taça um amarelo intenso. No nariz, aromas minerais (como gasolina), notas de maçã, um pouco de manteiga (talvez!). Na boca, uma untuosidade incrível, bom corpo, com acidez perfeita para aguentar o molho branco e com um retrogosto de mel, bem delicado, como mel de laranjeira... Os goles após o macarrão foram os mais saborosos, pois o vinho cresceu na boca, intensficando os sabores... Ah, inesquecível! Desse jeito é bom demais começar a semana!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mais um Pinot Noir da Patagônia

Para comemorar o início das minhas férias, decidimos brindar com um Pinot Noir na noite de ontem. O escolhido foi o Malma 2009, da Argentina/ Patagõnia.


Estava ansiosa pois as experiência que tive com a Pinot Noir da Patagônia foram excelentes. (Se você não leu, clique aqui e aqui). Mas, infelizmente, este rótulo não passou do "mais ou menos".

Na taça apresentou bela coloração rubi. No nariz, aromas leves de morango e um leve adocicado (groselha, talvez). Na boca, médio corpo, pouca persistência e um álcool que adorava chamar a atenção.

Na minha humilde opinião a experiência é válida para percebemos como a mesma variedade de uva, de uma mesma região pode apresentar aromas e sabores tão diferentes! Nada mais.