quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Receita de ano novo!

                              (Carlos Drummond de Andrade)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanhe ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?) 


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre!


Que em 2011 a janela de nossas vidas seja assim florida!
E com muitos brindes!
SAÚDE!!


Tipos de espumantes

A chegada do ano novo sempre é brindada com espumante, não é mesmo! O som mais comum na noite de Reveillon, além dos fogos, é o estourar das rolhas!! Por isso, se você tem alguma dúvida quanto ao tipo de espumante que você deve comprar, não deixe de assistir ao vídeo abaixo, onde a sommelier Alexandra Corvo explica, rapidamente, a principal diferença entre os espumantes Brut, Demi-sec e Doce.




segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Riesling para comemorar a chegada do Natal!

Nesta quinta-feira decidimos abrir um Riesling alemão para celebrar a chegada do Natal...

A uva Riesling é uma das mais expressivas uvas brancas, originária do vale do Reno, na Alemanha (Baden) e na França (Alsácia). Notável pelos vinhos frutados, brilhantes e alegres, de cor palha, bem secos e aromáticos no paladar, mostra vivacidade e riqueza de sabores. Existe também a variedade Riesling Itálica, muito usada no centro e norte da Itália, mas que não tem a expressão de sua prima do Reno. Apesar de existir vinhos de Riesling no mundo todo, as regiões mais expressivas continuam sendo a Alsácia (França) e a região do Reno e Mosel (Rheinhessen, Mosel-Saar, Alemanha).

A garrafa que abrimos é da região de Mosel, do produtor Grans-Fassian, safra 2007.


Na taça apresentou um amarelo palha, com leves reflexos dourados. Aromas intensos de frutas eram facilmente identificados. Notas de maçã, pêssego e maracujá se destacavam. Na boca apresentou-se com muito frescor. As notas aromáticas reapareceram no paladar. A acidez é bem equilibrada com o álcool.  Um vinho de bom corpo, que me faz querer sair correndo agora para adquirir uma nova garrafa!

Essa garrafa eu ganhei no amigo secreto realizado na semana passada... Super recomendado... Mariana, obrigada pelo presente!

Vale lembrar que esse vinho não foi harmonizado com nenhum prato, mas imagino que ele deve ficar perfeito com salsichas alemãs, chucrutes... e eu me arriscaria a harmonizá-lo, ainda, com belo apfelstrudel! Prost!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Rodrigo Albernaz no site R7

Estou disponibilizando aqui no blog as dicas de vinho que o Rodrigo Albernaz (professor e amigo) deu ao site de notícias R7.



Para lê-las, basta clicar aqui e depois aqui e depois aqui!!!

Última aula

Sábado foi nossa última aula do curso de sommelier... Por um lado é bacana saber que conseguimos concluir um desafio, mas é triste saber também que não teremos os encontros divertidos nas manhãs de sábado!! Eu sentirei muita falta... Só espero poder rever esses meus novos amigos nos encontros mensais da confraria "Tarja Preta". (No encontro do próximo mês explicarei a origem do nome da confraria!)

Mas, voltando à última aula...  Depois das apresentações dos trabalhos finais decidimos almoçar no La Pergoletta para celebrar... Conversa boa, risadas melhores ainda, amigo secreto ladrão,... Tudo excelente! Até que chegou a comida e ...

As coisas melhoraram ainda mais! Pedimos a saltimbocca alla romanna e para harmonizar escolhemos um vinho italiano, da região da Sardenha... A uva se chama Monica di Sardenha... uva autóctone, com características bem particulares. O rótulo que degustamos era da vinícola Argiolas. De um vermelho bem vivo, notamos aromas de frutas maduras, um leve tostado e um pouco de terra. Na boca notam-se toques de frutas, defumados e um pouquinho de sal. Tudo muito suave, equilibrado,  (vinho do velho mundo, né!!)
O vinho harmonizou muito bem com a comida, que aliás, estava saborosíssima!! Pena que chegou ao fim!
Um grande abraço meus novos amigos... Espero revê-los em breve, seja na confraria, seja trabalhando com vinhos, por aí!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Espumantes Salton

Eu acredito que esta época do ano fica perfeita com espumante afinal, é tempo de comemorações, de altas temperaturas e, então, como não poderia deixar de ser, na última sexta-feira decidimos fazer um solo com duas espumantes nacionais.

O primeiro foi o Salton Brut (aquele do rótulo azul marinho), elaborado pelo método Charmat, ou seja, a segunda fermentação acontece nos tanques de inox. Na taça apresentou um amarelo claro bonito, com perlage fino e constante. Aromas de maçã verde, de pão e fermento eram facilmente identificáveis. Na boca, o sabor de pão era o que mais se destacava... Sabe pão italiano... era exatamente assim!

Em seguida partimos para a Salton Evidence, elaborada através do método Champenoise (segunda fermentação ocorre dentro da garrafa). Na taça o mesmo amarelo claro bonito da espumante anterior, só que a perlage era muito mais intensa. Aromas de maracujá e abacaxi eram percebidos de longe. Na boca, muito frescor, uma acidez excelente, notas de frutas cítricas e um pouquinho de frutas secas... Excelente!!

Ótimos espumantes para celebrar o final do ano!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sabrage!

Você sabe o que é Sabrage? É a técnica de abrir uma garrafa de champagne com um sabre! O sabre desliza ao longo do corpo da garrafa até alcançar o "pescoço". A força da lâmina ao bater na parte mais saliente da garrafa quebra o vidro, abrindo a garrafa.... A rolha permanece intacta dentro do gargalo (já cortado) da garrafa.


Está técnica, utilizada em ocasiões especiais, se popularizou na França. As primeiras sabragens teriam surgido no século 18, em clima de euforia, com Napoleão retornando de alguma batalha vitoriosa e querendo comemorar em grande estilo. A versão mais romântica, indica que, na verdade, o general e seus soldados eram tomados pela pressa de namorar suas mulheres, depois de tanto tempo apartados pelas batalhas, e que, para não demorar tanto nas comemorações, encontraram uma forma prática e rápida de abrir as garrafas!

Assistam ao vídeo abaixo (sei que a imagem está distante!) em que o Rodrigo Albernaz nos oferece esta demonstração e depois me respondam:  Não dá vontade de sair praticando por aí?

 

Máquinas para comprar vinhos


Fonte: Adega
No Estado da Pensilvânia (EUA) alguns supermercados da rede Wal Mart inovaram ao instalarem máquinas para a comercialização de vinhos. As "vending machines" são aquelas que aqui no Brasil nós podemos comprar livros, salgadinhos e outras coisas mais, que ficam, normalmente, em estações de metrô. Lembraram?

O grupo varejista recebeu sinal verde do Conselho de Controle de Liquor da Pensilvânia para colocar os "quiosques do vinho" em lojas pelo estado, segundo informa a rede de televisão CBS. Além disso, informaram também que as máquinas contarão com mais de 50 variedades diferentes de vinho.

Ah, uma maquininha dessas por aqui...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Próximo destino: República Tcheca!

Que tal beber vinhos e andar de bicicleta por entre os vinhedos? Se você gostou, seu próximo destino deve ser a República Tcheca, no leste europeu. Lá, foram desenvolvidos 11 itinerários dentro do projeto de Rotas do Vinho de Moravia, na região sul do país, que têm uma extensão total de 1.200 quilômetros e unem as cidades de Znojmo e Uherské Hradistì, segundo informa o Czech.

Os turistas contam em cada povoado com a informação necessária para orientarem-se em cada rota. A mais curta tem uma extensão de 26 km e a mais comprida alcança os 300 km.

Depois de pedalar, fazer um piquenique e beber vinhos!!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Millésime Miolo

Estou atrasada, mas vamos lá: Para o jantar desta sexta-feira que passou, escolhemos um espumante afinal, esta época do ano tem tudo a ver com esse tipo de bebida. O escolhido foi o Millésime da Miolo, safra 2004.

Segundo a própria vinícola este millésime é produzido somente em safras excepcionais e é elaborado com uvas Pinot Noir (50%) e Chardonnay (50%), cultivadas pela Miolo no vinhedo da família, localizado no Vale dos Vinhedos, em Garibaldi. Este espumante é elaborado pelo processo clássico (Champenoise) de fermentação na própria garrafa e envelhecido por um ano sobre as próprias leveduras da fermentação.

Como já apontei no começo do texto, a safra que degustamos foi a de 2004 e por isso, posso afirmar que muito da sua qualidade já havia se perdido, principalmente no que diz respeito às suas qualidades gustativas.
Na taça apresentou um amarelo palha bem bonito, com perlage fino e intenso. Aromas de pão tostado e frutas secas se destacavam. Na boca mostrou-se untuoso, porém com pouca acidez e pouco frescor.

Para o jantar, decidimos harmonizá-lo com a entrada que era uma saladinha de alface romana, tomates cereja e queijo de cabra grelhadinho e geléia de morango com pimenta. O prato principal era um arroz selvagem com mangas e escalope ao molho de mostarda (bem suave)! A espumante agüentou muito bem aos pratos. Acredito que a safra de 2008 deva estar perfeita para beber... Em breve me submeterei a esta difícil pesquisa!!!!!!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dandy bag


Fonte: Blog Vino divino Vino
O espírito Dandy da Perrier Jouët foi contemplado com mais  uma preciosidade, em termos de design. A Dandy Bag, (é uma valise que mantém garrafa de champagne de Perrier Jouët que a acompanha na temperatura ideal para consumo), foi desenhada por Isaac Reina, um jovem espanhol que após trabalhar na Hermès, lançou em 2006 uma marca de artigos em couro de luxo.
A Dandy Bag é um acessório perfeito que combina o ar poético do espírito dandy, com a leveza e sofisticação da Perrier Jouët. Cada valise custa aproximadamente 4.500 euros e acondiciona uma garrafa do Cuvée Belle Epoque da safra de 2002; duas taças de cristal; dois chapéus da marca Borsalino (a marca já fez chapéus para Chefes de Estado, Papas, Aristocratas e Celebridades) e também um manual editado por David Piper que ensina a arte de degustação da champagne.  

PS: Para quem não conhece o termo dandy - "homem de bom gosto e fantástico senso estético, mas que não necessariamente faça parte da nobreza".
        

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Casa Perini e o crescimento em 2010

Segundo informações da própria Vinícola Perini, de Farroupilha (RS), eles tiveram um crescimento de 36% na venda de espumantes de janeiro a outubro deste ano. O crescimento foi puxado pelo moscatel, que aumentou 40% nos dez primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Os espumantes Brut tiveram incremento de 30%.

Segundo o gerente comercial da vinícola, Franco Perini, o acréscimo na comercialização de espumantes está acima do esperado pela empresa. “No início do ano, projetávamos um crescimento de 20% nos espumantes. Para nossa surpresa, até outubro vendemos todo o volume de espumantes comercializado no ano passado. O consumidor está mais capitalizado e está usando a maior capacidade financeira para beber melhor e durante mais vezes durante o ano, no caso dos espumantes”, comenta Franco. Ele lembra que, há cinco anos, 80% da venda de espumantes era feita no último trimestre do ano. Agora, este índice está em 50%. “O espumante deixou de ser uma bebida sazonal. Vai ser um ano extraordinário para a Perini”, comemora.

Esperamos que isso continue acontecendo afinal, o Brasil precisa popularizar o vinho!

Fonte: Blog "Vivendo a vida"


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Beaujolais Village

Noite de sábado, calor insuportável... Beef Tartare e um Beaujolais-Village bem fresquinho, foram os eleitos para amenizar a sensação quente!

Para quem não conhece, o Beaujolais é um vinho francês elaborado 100% com a uva Gamay (lê-se gamé). Trata-se de um vinho jovem que fica pronto para o consumo muito brevemente depois da colheita. Os franceses comemoram sua chegada sempre na terceira quinta-feira do mês de novembro com a célebre frase: Le Beaujolais est arrivée!!

Por ser jovem, leve e fresco, este vinho apresenta aromas bem frutados e um paladar de frutas vermelhas bem frescas... Morango e framboesa estão sempre presentes. Além disso, trata-se de um tinto que pode e deve ser bebido em uma temperatura mais fresca, em torno de 16ºC.

Vale destacar que os vinhos Beaujolais podem ser divididos em 4 tipos:  
  • Beaujolais nouveau - vinho jovem, sem envelhecimento
  • Beaujolais - pouco envelhecido
  • Beaujolais-Village - fabricado nos 38 vilarejos credenciados do Rhône
  • Beaujolais cru - com nomes dos domínios (appellation): Brouilly, Chiroubles, Côte de Brouilly, Fleurie, Juliénas, Morgon, Moulin à Vent, Régnié, Chénas, Saint-Amour. Estes são os melhores.
O que nós degustamos tratava-se de um Beaujolais-Village 2009, da vinícola Abel Pinchard. Com coloração vermelho cereja, apresentou notas aromáticas de frutas vermelhas bem frescas. Na boca, notas de morango, framboesa e cassis foram as que mais se destacavam. Delícia, geladinho!!!


O prato eleito, com já disse, foi o clássico Beef Tartar (conhecido também como Steak tartare), elaborado com carne crua (moída ou cortada na ponta da faca), sem vestígios de gordura ou nervos, sempre preparada no momento de servir, temperada com cebola, cebolinha, alcaparras, mostarda dijon, molho inglês, limão e a célebre gema de ovo!


No pão de centeio fica delicioso, bem refrescante. É claro que isso não pode ser consumido em qualquer lugar ou de qualquer maneira afinal, as condições de higiene devem ser rigorosas, por conta da contaminação de bactérias, principalmente a salmonella. Por isso, é necessário se ter atenção ao preparo e ao uso de ovos pasteurizados.

Tudo isso foi preparado pelo Cícero, no restaurante alemão Munique. Vale lembrar que a harmonização ficou perfeita!!! Tudo fresquinho para encerrar o sábado!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Zuccardi Série A

Na noite de sexta-feira elegemos o Malbec Zuccardi Série A, 2008 para nos acompanhar no risotto de queijo provolone com peito de peru e o medalhão de filé mignon

Esse vinho argentino, produzido na região de Mendoza, apresentou uma coloração vermelho bem escuro, com reflexos violetas. No nariz foi possível perceber notas de compota de frutas vermelhas e negras bem intensas. A de  figo seco era a mais marcante.

No paladar, redondo é a palavra de ordem aqui! As frutas se mostraram muito presentes na boca. Taninos super sutis e suaves. Acidez integrada. Final de médio para longo. Equilibrado e muito gostoso. Harmonizou muito bem com a comida...

E, como não poderia deixar de ser, entrem no site da bodega. Eles apresentam uma linda história, com lindas fotos...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Os rótulos e o mercado chinês

Ontem à noite, na confraria, conversávamos sobre a valorização de determinados vinhos no mercado asiático. Nosso amigo (e professor) Rodrigo comentou que um desses fatores é investir nos rótulos, valorizando essa cultura.

Primeiro foi o Château Lafite que acrescentou a figura do número 8 em Mandarim, considerado o número da sorte na cultura do país, em todas as suas garrafas da safra de 2008.

Em seguida veio o Mouton Rothschild e o pintor chinês Xu Lei (clique aqui se não leu a notícia). Agora chegou a vez do Château Beychevelle valorizar a cultura oriental. Reparem nos detalhes da imagem do barco e do dragão!!

É a China podendo tudo!
Segundo especialistas, isso facilita a venda pois traz uma idéia de "rótulos familiares" e que se tornam fáceis de serem lembrados!
Esses rótulos são super familiares para mim também, pena que estão tão distantes!!!

Mais um encontro da confraria Tarja Preta

Ontem à noite tivemos mais um encontro da Confraria Tarja Preta, lá no Materello. Conversa boa e, claro, bons vinhos para degustarmos, tornaram nossa noite de quarta-feira muito bacana!

Começamos nossas estripulias com o Espumante sul-africano Nederburg Brut (Cape Riesling 45%, Chenin Blanc 36%, Chardonnay 12% e Colombar 7%). Amarelo palha, com notas aromáticas de frutas secas. Na boca apresentou-se marcante, com boa acidez, e um final com notas de frutinhas frescas. Achei ótima para brindar as festas de final de ano!

Depois seguimos para um Sauvignon Blanc da Nova Zelândia, o Framingham Vintage 2008, da região de Malborough. Esse vinho, apresentou aromas minerais bem contidos, um maracujá bem suave, mas  um toque de erva (ou grama corta) bem marcante. Tão marcante que ainda não me esqueci... Na boca apresentou frescor e boa acidez. Delícia!

Partimos para um outro Sauvignon Blanc, agora da França, da região de Bordeaux, o Château Reynon 2007. Esse vinho, com amarelo mais intenso apresentou notas bem marcantes de maracujá e pêssego fresco. Também era possível notar a mineralidade típica da uva. Na boca, perfeito! Bom equilibrio, boa acidez, boa persistência... Na minha opinião, o melhor da noite. Se eu pudesse eu beberia ele todos os dias!

Vale lembrar que tudo isso foi bebido harmonizado apenas com uma cesta de pães diversos.

Decidimos partir para a comida e começar com os vinhos tintos. O primeiro deles foi o português Quinta do Penedo 2008, da região do Dão. Composto das uvas Alfrocheiro (30%) e Touriga Nacional (70%), apresentou um vermelho escuro intenso, o aroma a se destacar primeiro foi de manteiga... depois percebemos notas de chocolate ao leite e violetas. Um pouquinho de cravo também era perceptível... Na boca apresentou-se untuoso, bom corpo, taninos bem marcados e elegantes. Com o meu filet mignon ao funghi, ficou super harmônico!

Em seguida partimos para o Quinta do Valdoeiro Reserva 2003, de Portugal, só que da região da Bairrada. Com as uvas Baga, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Syrah, esse vinho apresentou um vermelho rubi bem bonito, notas de frutas vermelhas e negras, assim como especiarias, especialmente cravo, eram facilmente identificadas. Na boca foi possível perceber essas mesmas frutas. A acidez estava muito boa e os taninos incríveis. O final foi bastante longo...


Para encerrar a noite fomos de Espanha,  Marqués de Tomares Reserva 2005. Com um corte de Tempranillo, Graciano e Mazuelo, este vinho, de um vermelho carmim brilhante e intenso, apresentou notas de frutas vermelhas em compota, especiarias e um pouco de baunilha. Taninos equilibrados e retrogosto bem persistente terminaram nossa noite...


Já sabem, mês que vem tem mais... Agora com temas... E tudo leva crer que o próximo será a Cabernet Sauvignon pelo mundo!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vin Santo

No último sábado decidimos abrir um Vin Santo!
Para quem não conhece, o Vin Santo é um daqueles vinhos feitos para meditar... Feito de maneira quase artesanal, esse vinho originário da Toscana tem em sua composição as uvas Malvasia e Trebbiano, principalmente. Este, da Badia a Coltibuono tem 50% de cada uma delas.

Para muitos, ele se chama Vin Santo porque a Igreja Católica durante muitos anos o consagrou, na missa, como símbolo do sangue de Cristo. Outros sustentam que recebeu esse nome em concílio ecumênico convocado pelo Papa Eugênio IV, em Firenze, capital da Toscana. Assim, haveria uma data oficial para o nascimento do Vin Santo: 1439.

Enfim, o que importa é que as uvas são colhidas no auge da maturação (maior concentração de açúcar) e depois são passificadas. O mosto é colocado em barrica de carvalho e maturado por até 6 anos. Este que bebemos ficou só 4 anos descansando!!

Vamos a ele: Na taça apresentou uma coloração âmbar bem intensa. Aromas de mel e damascos eram facilmente identificados. Na boca apresentou bom corpo e uma série de sabores como notas de frutas doces e maduras, de mel e de caramelo. Aproveitamos esse momento e degustamos esse vinho com os famosos biscoitos Cantuccini, tradição da Toscana! Perfeito!!