Chegou o momento mais esperado do dia... Experimentar o Cantucci elaborado pela Joyce. Sim! É possível fazer cantucci em casa e posso garantir que fica excepcional. Observei direitinho a preparação e, inclusive, ajudei a fatia-los. Em breve prepararei em casa para ver se obtenho o mesmo sucesso!!
Para quem não conhece, o cantucci é um pequeno biscoito doce, seco e duro, enriquecido com amêndoas, originário da região da Toscana, na Itália, que acompanha o café ou o vinho de sobremesa. Reza a lenda que a harmonização perfeita com esses biscoitinhos é com o clássico Vin Santo. Lenda não, pois já fiz o teste e foi perfeito, mesmo! (não leu, clique aqui)
O Vin Santo é um daqueles vinhos feitos para meditar... Feito de maneira quase artesanal, esse vinho originário também da Toscana tem em sua composição as uvas Malvasia e Trebbiano, principalmente. Para muitos, ele se chama Vin Santo porque a Igreja Católica durante muitos anos o consagrou, na missa, como símbolo do sangue de Cristo. Outros sustentam que recebeu esse nome em concílio ecumênico convocado pelo Papa Eugênio IV, em Firenze, capital da Toscana. Assim, haveria uma data oficial para o nascimento do Vin Santo: 1439.
Enfim, o que importa é que as uvas são colhidas no auge da maturação (maior concentração de açúcar) e depois são passificadas. O mosto é colocado em barrica de carvalho e maturado por até 6 anos.
Nós bebemos dois rótulos distintos, mas ambos passaram 4 anos descansando nas barricas!!
Começamos com o Vin Santo Poderi del Paradiso 2004.
Nós bebemos dois rótulos distintos, mas ambos passaram 4 anos descansando nas barricas!!
Começamos com o Vin Santo Poderi del Paradiso 2004.
Esse vinho apresentou um amarelo ouro bem lindo, né? Observe bem a imagem... No nariz, notas de amêndoas e damasco. Na boca, notas de frutinhas bem maduras. Bom corpo e excelente acidez!
Depois fomos para o Vin Santo Badia a Coltibuono, 2003.
Na taça apresentou uma coloração âmbar bem intensa. Aromas de mel e damascos eram facilmente identificados. Na boca apresentou bom corpo e uma série de sabores como notas de frutas doces e maduras, de mel e de caramelo.
E, para finalizar o almoço (que a essa hora já era jantar!), um vinho de colheita tardia. O escolhido foi o chileno Late Harvest de Sauvignon Blanc 2007, da Morandé.
Com essa coloração lindíssima, surpreendeu nos aromas de frutas e flores secas, mas me decepcionou (um pouco) na boca. Achei um pouco doce demais, com pouca acidez, o que compromete (ao meu ver) harmonizações com doces muito pesados. Mas vale muito se harmonizado apenas com boas companhias e boas conversas!
E esse foi mais um encontro da Confraria Tarja Preta!