segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Degustação de água!

Na noite de sábado nos reunimos na casa do blogueiro Evandro (do blog Confraria dos Panas) para realizar uma degustação de águas. Sim, águas! Afinal, essa história de que água é incolor, insípida e inodora faz parte de um passado escolar que, para quem gosta de degustar, deve ser revisto. E sabe porquê? Porque elas tem sim, sabores diferentes. 

Esses sabores diferentes se dá justamente pela composição distinta de cada água (tipos e quantidades de minerais, qualidade do aquífero, clima e solo). E esses sabores distintos são facilmente perceptíveis quando essas águas são degustadas sequencialmente. 

Essa foi nossa primeira degustação, por isso, começamos com apenas 8 rótulos (3 com gás e 5 sem gás). A próxima já está idealizada e, em breve, começaremos a buscar mais rótulos para testarmos.

Que água é importante todo mundo sabe, mas existe até uma legislação que define o que é água mineral e quais os nomes devem constar nos rótulos para melhor guiar o consumidor no ato da compra. Olha o glossário: 

*Alcalino-bicarbonatadas: Ricas em bicarbonato, favorecendo a digestão.
*Alcalino-terrosas: De modo geral, diminuem a acidez estomacal e têm alto poder de hidratação.
*Carbogasosas: Naturalmente gasosas, mas podem receber reforço de gás para assegurar sua característica. São diuréticas e digestivas.
*Fluoretadas: Têm pequena quantidade de flúor. Se for mais que 2mg/litro, não são recomendadas para crianças com menos de 7 anos.
*Gaseificadas: Significa que receberam CO² durante o processo de envasamento.
*Oligominerais: Têm grande quantidade de sais minerais em baixa concentração. São as chamadas águas leves. Boas para sucos e café.

Começamos com os rótulos sem gás e depois partimos para as gaseificadas (artificiais e naturais). Tudo às cegas. O mais interessante foi ver que nós todos, sem exceção, conseguimos identificar qual era água de torneira e quais eram gaseificadas natural e artificialmente. Além disso, foi possível perceber que existem águas com características mais encorpadas e untuosas, outras que estimulam mais a salivação, outras com toque salgado ("notas de soro fisiológico", conforme foi dito durante a degustação) e ainda algumas com uma leveza impressionante.

As águas que degustamos foram - Com gás (S. Pellegrino - Itália; Badoit - França; Prata - Brasil). Sem gás: (Acqua Panna - Itália; Nestlé Pureza Vital - Brasil; Evian - França; Água da torneira; Crystal -Brasil)

Foto: Jane Prado, do blog Château de Jane
As italianas foram as rainhas da noite. Tanto a S. Pellegrino como a Acqua Panna foram as vencedoras. O que mais agradou? O gás natural e levíssimo da primeira e a delicadeza da segunda. Vale lembrar que a francesa Badoit não fez feio e, por bem pouco, quase faturou o primeiro lugar entre as gaseificadas. 

Vale destacar que o resultado completo está na imagem acima: As três primeiras garrafas representam, respectivamente o primeiro, segundo e terceiro lugares entre as gaseificadas. Na sequência estão as águas mais bem pontuadas no quesito sem gás. 

6 comentários:

  1. Evelyn, o post ficou muito legal, e adiciona um conhecimento que a gente, em geral, não tem sobre um item ao mesmo tempo tão importante e tão desprezado da alimentação ...

    Bacana !

    Mas não precisa me convidar para a próxima sessão, não, tá ?....

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pela visita e pelos elogios!! rsrsrs... Está bem, não te convidarei!!!
      beijo

      Excluir
  2. Evelyn, bacana mesmo o post. Bastante informação...
    Eu não concordo com o segundo lugar das sem gás, mas gosto é gosto e por isso que ás cegas é mais emocionante.

    Um fator importante é que a água por exemplo é essencial na fabricação da cerveja, há empresas por exemplo nos EUA que adicionam substâncias a água para que ela tenha o mesmo gosto no país inteiro onde é fabricada a cerveja e mantenha um padrão de qualidade.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aprendi mais uma: Não sabia dessa questão da cerveja!
      Beijo

      Excluir
  3. Olá,

    parabéns, muito interessante,

    vale ressaltar aqui que a composição mineral da água nos dá uma noção sobre a sua riqueza como alimento e de nutrientes que ela fornece ao consumidor.

    A temperatura da fonte é uma das formas de avaliar se a águia tende a ser rica em nutrientes ou não, já que águas de fontes com temperaturas mais altas tendem a assimilar minerais das rochas para o líquido com a temperatura, águas de fontes frias, portanto, são mais pobres em minerais, se aproximando mais da água destilada, é claro que tudo isso muda o sabor.

    Um abraço
    Leandro Ebert
    http://portalvitivinicultura.webs.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Leandro! Obrigada pela visita! Pois é, há tanta riqueza em um líquido que muitas vezes é considerado coadjuvante...
      Beijo

      Excluir