quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Passeando e harmonizando em Montevideo

Eu não conhecia Montevideo, e nem posso dizer que conheço muito bem agora. O navio só ficou um dia lá, e nós tínhamos até o comecinho da noite para voltar, ou seja, foi tudo muito corrido.

Assim que as autoridades locais permitiram nosso desembarque, pegamos a mochila e deixamos o navio. O porto, além de bem estruturado, tem uma super sinalização para turistas, com direito a placas indicativas de roteiros, pessoas que falavam não só espanhol, mas inglês também, distribuindo o mapa bilingue da cidade. Ou seja, nenhuma possiblidade de você se perder por entre os navios atracados ou pelas ruas da cidade!! (Oi Porto de Santos, chegou a hora de aprender com los hermanos uruguayos...)

Eram nove horas da manhã e já estávamos com o mapa em mãos para conhecermos Montevideo, ou pelo menos o centro velho deles.

Fizemos tudo a pé... Saímos do porto em direção aos museus, mas estes estavam ainda fechados, devido ao horário. No caminho nos deparamos com esse pitoresco mercado de frutas...


Essas cores deixam qualquer foto sensacional, não é mesmo?

Nessa "Ciudad Vieja", como os uruguaios se referem ao bairro mais antigo de Montevideo, é possível percorrer um circuito que nos leva, graças às construções arquitetônicas, para o século XVIII. Edifícios históricos, praças e vielas encantadoras, sempre cercados pelo brilhante Rio da Prata.

O melhor de sair caminhando é que podemos conhecer cada pedacinho da cidade, com suas características peculiares, fugindo do circuito turístico. Assim, conseguimos aprender um pouquinho dos costumes, da rotina daquela gente toda... Por exemplo, descobrir praças com comércio de coisas antigas ou os bares frequentados pelos intelectuais da cidade...




Isso só se descobre xeretando mesmo... Nenhum guia turístico vai trazer esse tipo de informação... E foi nessa caminhada que descobri uma loja de vinhos muito bacana: Alvear Exquisitices. Foi lá que eu encontrei, quando já estava concluindo as compras, o vinho Axis Mundi!


Fiquei tão feliz... O vendedor devia achar que eu sofria de alguma perturbação, pois fiquei realmente muito contente por ter encontrado esse vinho nessa caixa tão linda. Mas deixe ele pensar o que ele quiser, não é mesmo? Saí de lá com 6 garrafas de vinhos. Além do Axis Mundi, comprei o Monte Vide Eu, Bouza Tannat A6, e mais outros que não me lembro...

O que fazer com aquelas garrafas? Voltar ao navio era o mais sábio a se fazer... Caminhamos de volta ao porto, entramos no navio, guardamos nossas garrafas e saímos novamente para continuar descobrindo Montevideo.

Nessa altura do dia, depois de tanto caminhar sob um sol de 39ºC, a fome começou  a apertar... Foi aí que decidimos voltar a encarar o fato de sermos turistas e fomos a um local que não se pode deixar de conhecer: O Mercado do Porto. Essa construção antiga é composta por uma infinidade de restaurantes em seu interior... Para quem gosta de desbravar a culinária local e não tem nenhum preconceito gastronômico, esse é o local ideal.

Olha só a parrilla na vitrine!!

Optamos por almoçar no famoso e tradicional "El Palenque" e podemos garantir que vale a fama afinal, a comida e o atendimento são sensacionais!!

Ao olhar o cardápio escolhi o bom e velho filet mignon (lomo para os uruguaios), acompanhado de uma saladinha. Para beber, um Tannat da Pisano.

O vinho chegou e aposto que você, leitor, deve estar se perguntando: Mas se estava tão quente, por que um Tannat? Minha resposta é simples: Eu não conseguiria passar por terras uruguaias e ignorar a principal casta vinífera deles, concordam? Além disso, pelas minhas pesquisas antes de viajar, esse rótulo ainda não chegou ao Brasil... Mais um motivo para encarar um Tannat em um dia de sol radiante, não acham? 



Com coloração vermelho rubi bem profundo e reflexos violáceos, esse vinho apresentou aromas de terra e framboesa em compota. Na boca foi uma elegância só... Muito equilíbrio e taninos arredondados! Delicioso!

Em seguida chegou a comida!! Reparem na altura do corte da carne...


Confesso que nem sei dizer o que era melhor: A carne era suculenta e derretia na boca. O vinho além de muito bom, harmonizou perfeitamente com a refeição. Nota dez para cada um deles!

Mas ainda tínha algo que nos surpreenderia: a sobremesa!! Além de linda, era saborosíssima! Mas isso fica para amanhã, ok?

6 comentários:

  1. Evelyn

    Sou fã número 1 de Montevidéo. Seus vinhos, sua carne e sua capital belíssima. Imagina este passeio no inverno ou no outono, demais. Depois de uma boa caminhada um parilla com um Tannat. Tudo de bom.

    Uma bela pedida são as Bodegas, quase todas na volta da capital.

    Um abraço alemdovinho

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  2. Peter, querido;
    Pois é, eu só descobri perto do horário da partida que as bodegas eram tão próximas!! Fiquei triste, mas voltarei, em breve!
    Quanto ao passeio no outono, penso que seria perfeito!
    Um super beijo

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  3. Esta é a vantagem de Porto Alegre ser a menos de 900 Km de Montevidéo.

    Um beijo Peter

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  4. Pura verdade!! Aproveite esta vantagem!
    Beijo

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  5. Bom dia! Estou em Montevideu e adorei suas dicas, obrigada

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    1. Que bom, Suzana! Fico feliz em contribuir! Aproveite essa cidade deliciosa!
      Beijo

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