domingo, 6 de março de 2011

Confraria Tarja Preta e vinhos franceses

Nem a chuva incessante de São Paulo impediu que a Confraria Tarja Preta se reunisse na última quarta-feira na importadora e também restaurante Le Tire-Bouchon.
Após uma boa conversa decidimos que todos os vinhos que degustaríamos ao longo do jantar seriam franceses; primeiro porque é a especialidade da casa e segundo porque sabemos que o aprendizado está em arriscar sempre novas regiões, descobrir novos rótulos e para isso, a França é fascinante.
Iniciamos então o árduo trabalho de comer e beber. Começamos as harmonizações com  dois tipos de bruschettas. A primeira foi a clássica de queijo brie com mel e tomilho. A segunda foi a de presunto Parma com queijo de cabra, abobrinha e limão siciliano. Esta segunda foi considerada a melhor. Mesmo com tantos sabores diferentes, ela apresentou um equilíbrio e uma leveza surpreendentes.
O vinho para a harmonização foi o Rosè da Provence Château Deffends 2009. Elaborado a partir das uvas Syrah (25%), Grenache (25%) e Cinsault (50%), este vinho apresentou aromas bastante frutados. Na boca mostrou frescor, leveza e bastante persistência. Perfeito com as bruschettas!
Para o prato principal todos nós escolhemos o bife ancho com risotto de cogumelos. Comida bem saborosa.
Escolhemos dois vinhos para a harmonização desse prato. O primeiro foi o Domaine Baud, da Côte du Jura, 2007, elaborado com a uva perfumada e autóctone Poulsard. Com a coloração que lembra Pinot Noir esse vinho apresentou aromas de figos e cogumelos. Ao fundo notava-se um leve adocicado, como caramelo. Na boca mostrou-se equilibrado, macio, leve, com notas de frutas vermelhas. Em relação ao prato, este vinho harmonizou melhor com o risotto afinal, a carne era muito mais potente.

O segundo vinho foi um Pinot Noir da Borgonha, da Côte Chalonnaise, o La Buxynoise Bourgogne Tête de Cuvée Rouge 2006. Com coloração vermelho bem púrpuro, apresentou incríveis aromas de frutas vermelhas frescas, muito mentolado, madeira e tostado. Na boca uma potência de fazer inveja a muitos vinhos do Novo Mundo.  Mas, ao mesmo tempo que se mostrou  potente, apresentou elegância. Taninos finos e persistência surpreendente. Ficou excelente com a carne.
Chegamos a sobremesa - semifreddo de nougatine com calda de goiabada. Divino! O vinho foi o Domaine Giudicelli 2006, da região de Córsega, elaborado a partir da uva Muscat. Este vinho doce, com excelente equilibrio entre açúcar e acidez apresentou um amarelo ouro incrível. Tanto nos aromas como na boca mostrou muitas notas de maracujá. Perfeito!!

Próximo mês tem mais Confraria Tarja Preta!

2 comentários:

  1. Oi Evelyn, eu penso que este foi um dos melhores encontros da Confraria Tarja Preta, pois mudamos a forma de saborear novos vinhos e pratos elegendo uma uva específica pra nos acompanhar no jantar.
    Vale a pena comentar que o Domaine Giudicelli 2006 foi perfeito também com o creme brulée.
    Beijos e parabéns pela matéria! Marisa

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  2. Concordo com você Marisa! Pois é, o crème brûlée... Eu nem provei, pois já tinha comido tanto! Imagino o quão perfeito deve ter harmonizado com Domaine Giudicelli...
    Precisamos repetir!!!
    Beijos

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