Nem a chuva incessante de São Paulo impediu que a Confraria Tarja Preta se reunisse na última quarta-feira na importadora e também restaurante Le Tire-Bouchon.
Após uma boa conversa decidimos que todos os vinhos que degustaríamos ao longo do jantar seriam franceses; primeiro porque é a especialidade da casa e segundo porque sabemos que o aprendizado está em arriscar sempre novas regiões, descobrir novos rótulos e para isso, a França é fascinante.
Iniciamos então o árduo trabalho de comer e beber. Começamos as harmonizações com dois tipos de bruschettas. A primeira foi a clássica de queijo brie com mel e tomilho. A segunda foi a de presunto Parma com queijo de cabra, abobrinha e limão siciliano. Esta segunda foi considerada a melhor. Mesmo com tantos sabores diferentes, ela apresentou um equilíbrio e uma leveza surpreendentes.
O vinho para a harmonização foi o Rosè da Provence Château Deffends 2009. Elaborado a partir das uvas Syrah (25%), Grenache (25%) e Cinsault (50%), este vinho apresentou aromas bastante frutados. Na boca mostrou frescor, leveza e bastante persistência. Perfeito com as bruschettas!
Para o prato principal todos nós escolhemos o bife ancho com risotto de cogumelos. Comida bem saborosa.
Escolhemos dois vinhos para a harmonização desse prato. O primeiro foi o Domaine Baud, da Côte du Jura, 2007, elaborado com a uva perfumada e autóctone Poulsard. Com a coloração que lembra Pinot Noir esse vinho apresentou aromas de figos e cogumelos. Ao fundo notava-se um leve adocicado, como caramelo. Na boca mostrou-se equilibrado, macio, leve, com notas de frutas vermelhas. Em relação ao prato, este vinho harmonizou melhor com o risotto afinal, a carne era muito mais potente.
O segundo vinho foi um Pinot Noir da Borgonha, da Côte Chalonnaise, o La Buxynoise Bourgogne Tête de Cuvée Rouge 2006. Com coloração vermelho bem púrpuro, apresentou incríveis aromas de frutas vermelhas frescas, muito mentolado, madeira e tostado. Na boca uma potência de fazer inveja a muitos vinhos do Novo Mundo. Mas, ao mesmo tempo que se mostrou potente, apresentou elegância. Taninos finos e persistência surpreendente. Ficou excelente com a carne.
Chegamos a sobremesa - semifreddo de nougatine com calda de goiabada. Divino! O vinho foi o Domaine Giudicelli 2006, da região de Córsega, elaborado a partir da uva Muscat. Este vinho doce, com excelente equilibrio entre açúcar e acidez apresentou um amarelo ouro incrível. Tanto nos aromas como na boca mostrou muitas notas de maracujá. Perfeito!!
Próximo mês tem mais Confraria Tarja Preta!
Oi Evelyn, eu penso que este foi um dos melhores encontros da Confraria Tarja Preta, pois mudamos a forma de saborear novos vinhos e pratos elegendo uma uva específica pra nos acompanhar no jantar.
ResponderExcluirVale a pena comentar que o Domaine Giudicelli 2006 foi perfeito também com o creme brulée.
Beijos e parabéns pela matéria! Marisa
Concordo com você Marisa! Pois é, o crème brûlée... Eu nem provei, pois já tinha comido tanto! Imagino o quão perfeito deve ter harmonizado com Domaine Giudicelli...
ResponderExcluirPrecisamos repetir!!!
Beijos