quarta-feira, 4 de abril de 2012

Vinho e Literatura

Talvez não nessa ordem, mas ambos apareceram na minha vida para me fazer sentir...

As pessoas insistem em falar que não entendem de vinho... Mas quem quer entender? Queremos apenas sentir... A Literatura segue essa mesma linha: sentir...

Ultimamente tenho lido o grande escritor Mario Quintana. Em um dia desses, com uma taça de vinho na mão, me deparei com este pequeno conto:

"O nome do rei Nabucodonosor era belo e solene e lento como um cortejo religioso. Porém o povão, para abreviar, chamava-o simplesmente de Bubu.

É que o povo tem pressa porque a vida é curta, deslembrado de que, se passam rápido os anos, podem ser longos os dias, as horas, os minutos ... Tudo depende de como saboreá-los, degustando-os lentamente como faz um provador de vinhos. E como um vinho, a vida não deve ser bebida de um trago; senão a gente logo se embriaga e perde o preciso sabor de cada gole.

E assim também é que um poema deve ser lido: lentamente, verso a verso, passo a passo - como quem está seguindo o cortejo do rei Nabucodonosor."

Se você, ao invés de interpretar, sentiu a mensagem do conto, compreendeu, na maior simplicidade, o sentido da vida! Por isso, na próxima vez em que for degustar um vinho, faça o mesmo: Ao invés de interpretar, sinta-o...

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