Na noite de sábado nos reunimos na casa do blogueiro Evandro (do blog Confraria dos Panas) para realizar uma degustação de águas. Sim, águas! Afinal, essa história de que água é incolor, insípida e inodora faz parte de um passado escolar que, para quem gosta de degustar, deve ser revisto. E sabe porquê? Porque elas tem sim, sabores diferentes.
Esses sabores diferentes se dá justamente pela composição distinta de cada água (tipos e quantidades de minerais, qualidade do aquífero, clima e solo). E esses sabores distintos são facilmente perceptíveis quando essas águas são degustadas sequencialmente.
Essa foi nossa primeira degustação, por isso, começamos com apenas 8 rótulos (3 com gás e 5 sem gás). A próxima já está idealizada e, em breve, começaremos a buscar mais rótulos para testarmos.
Que água é importante todo mundo sabe, mas existe até uma legislação que define o que é água mineral e quais os nomes devem constar nos rótulos para melhor guiar o consumidor no ato da compra. Olha o glossário:
*Alcalino-bicarbonatadas: Ricas em bicarbonato, favorecendo a digestão.
*Alcalino-terrosas: De modo geral, diminuem a acidez estomacal e têm alto
poder de hidratação.
*Carbogasosas: Naturalmente gasosas, mas podem receber reforço de gás para
assegurar sua característica. São diuréticas e digestivas.
*Fluoretadas: Têm pequena quantidade de flúor. Se for mais que 2mg/litro, não
são recomendadas para crianças com menos de 7 anos.
*Gaseificadas: Significa que receberam CO² durante o processo de
envasamento.
*Oligominerais: Têm grande quantidade de sais minerais em baixa concentração.
São as chamadas águas leves. Boas para sucos e
café.
Começamos com os rótulos sem gás e depois partimos para as gaseificadas (artificiais e naturais). Tudo às cegas. O mais interessante foi ver que nós todos, sem exceção, conseguimos identificar qual era água de torneira e quais eram gaseificadas natural e artificialmente. Além disso, foi possível perceber que existem águas com características mais encorpadas e untuosas, outras que estimulam mais a salivação, outras com toque salgado ("notas de soro fisiológico", conforme foi dito durante a degustação) e ainda algumas com uma leveza impressionante.
As águas que degustamos foram - Com gás (S. Pellegrino - Itália; Badoit - França; Prata - Brasil). Sem gás: (Acqua Panna - Itália; Nestlé Pureza Vital - Brasil; Evian - França; Água da torneira; Crystal -Brasil)
Foto: Jane Prado, do blog Château de Jane |
As italianas foram as rainhas da noite. Tanto a S. Pellegrino como a Acqua Panna foram as vencedoras. O que mais agradou? O gás natural e levíssimo da primeira e a delicadeza da segunda. Vale lembrar que a francesa Badoit não fez feio e, por bem pouco, quase faturou o primeiro lugar entre as gaseificadas.
Vale destacar que o resultado completo está na imagem acima: As três primeiras garrafas representam, respectivamente o primeiro, segundo e terceiro lugares entre as gaseificadas. Na sequência estão as águas mais bem pontuadas no quesito sem gás.
Evelyn, o post ficou muito legal, e adiciona um conhecimento que a gente, em geral, não tem sobre um item ao mesmo tempo tão importante e tão desprezado da alimentação ...
ResponderExcluirBacana !
Mas não precisa me convidar para a próxima sessão, não, tá ?....
Obrigada pela visita e pelos elogios!! rsrsrs... Está bem, não te convidarei!!!
Excluirbeijo
Evelyn, bacana mesmo o post. Bastante informação...
ResponderExcluirEu não concordo com o segundo lugar das sem gás, mas gosto é gosto e por isso que ás cegas é mais emocionante.
Um fator importante é que a água por exemplo é essencial na fabricação da cerveja, há empresas por exemplo nos EUA que adicionam substâncias a água para que ela tenha o mesmo gosto no país inteiro onde é fabricada a cerveja e mantenha um padrão de qualidade.
Aprendi mais uma: Não sabia dessa questão da cerveja!
ExcluirBeijo
Olá,
ResponderExcluirparabéns, muito interessante,
vale ressaltar aqui que a composição mineral da água nos dá uma noção sobre a sua riqueza como alimento e de nutrientes que ela fornece ao consumidor.
A temperatura da fonte é uma das formas de avaliar se a águia tende a ser rica em nutrientes ou não, já que águas de fontes com temperaturas mais altas tendem a assimilar minerais das rochas para o líquido com a temperatura, águas de fontes frias, portanto, são mais pobres em minerais, se aproximando mais da água destilada, é claro que tudo isso muda o sabor.
Um abraço
Leandro Ebert
http://portalvitivinicultura.webs.com
Olá Leandro! Obrigada pela visita! Pois é, há tanta riqueza em um líquido que muitas vezes é considerado coadjuvante...
ExcluirBeijo