segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Encontro de Vinhos em BH foi sucesso de crítica e de público!

Há 15 dias aconteceu o Encontro de Vinhos em Belo Horizonte. Quem me segue no Facebook e no Instagram (@evelynfligeri) pôde acompanhar tudo o que foi degustado ao longo dele.

Mais uma vez o Encontro de Vinhos, que esteve pela primeira vez em BH, foi um sucesso! Bons vinhos, pessoas divertidas e a certeza de que o Brasil todo merece ter a oportunidade de conhecer esse evento.

Participei de uma didática Masterclass com Deco Rossi, do blog Enodeco, do portal R7, que nos apresentou um painel bastante interessante sobre os vinhos da Argentina.


Destaque para o meu queridinho de sempre, o Decero Petit Verdot 2009: vinho que estagia 16 meses em barrica francesa, suculento, complexo, com sabores de frutas como amora e mirtilo, e uma persistência deliciosa.

Outro destaque é o surpreendente Tukma. Vinho simples, bem feito, com um excelente preço. O degustado aqui foi o Torrontés, mas já tive a oportunidade de degustar outros rótulos desse produtor e gostei muito. Esse, em questão, é um Torrontés 2009, bastante aromático, com os característicos aromas de flores e de lichia. Na boca mostrou uma boa persistência e a certeza de que pode ser bebido sem nenhum acompanhamento. Sucesso garantido!

Caminhando pelo evento, e seguindo o conselho de Beto Duarte, cheguei ao stand da Ideal Drinks. Mal sabia que estava chegando ao paraíso! E isso porque os vinhos brancos portugueses que eles trazem para o Brasil são feitos para serem bebidos de joelhos... Inclusive, um desses está na lista dos 50 grandes vinhos portugueses, que você leu aqui. Mas isso é assunto para o próximo post!

Foto: Divulgação

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Os 50 grandes vinhos de Portugal

Está acontecendo, neste momento, a premiação dos 50 grandes vinhos de Portugal, na Casa Leopolldo, aqui em São Paulo.

Essa lista, elaborada pelo único Master of Wine brasileiro - Dirceu Vianna Júnior - foi construída a partir de uma seleção de 500 amostras.

Foto: Divulgação

Veja a lista completa com o nome dos vinhos, a safra e a importadora (quando não há importadora é porque o vinho ainda não é trazido para o Brasil): 

Vale lembrar que a numeração não indica a colocação do vinho.

Vinhos Brancos: 
1. Covela Escolha Branco, 2012 – Magnum Importadora
2. Quinta da Levada, 2012
3. Soalheiro, 2012 – Mistral
4. Quinta de Gomariz Grande Escolha, 2012 – Decanter
5. Casa da Senra, 2012
6. Tapada dos Monges, 2012 – Garrafeira Real e Fadaleal Supermercados
7. Muros Antigos, 2012 – Decanter
8. Portal do Fidalgo, 2011 – Casa Flora Ltda
9. Muros de Melgaço, 2011 – Decanter
10. Royal Palmeira, 2009 – Idealdrinks & Gourmet
11. Quinta da Fonte do Ouro Encruzado, 2011 – Adega dos 3
12. Morgado de Santa Catherina, 2010 – Wine .com
13. Redoma Reserva, 2011 – Mistral
14. Conceito Branco, 2010 – Épice

Vinhos Tintos:
15. Cortes de Cima Trincadeira, 2011 – Adega Alentejana
16. Terra D’Alter Touriga Nacional, 2010 – Obra Prima Importadora
17. Herdade da Pimenta Grande Escolha, 2010 – RJU Comércio e Beneficiamento de Frutas e Verduras
18. Tinto da Talha Grande Escolha, 2009 – Adega Alentejana
19. Canto X, 2009
20. Cartuxa, 2009 – Adega Alentejana
21. Cortes de Cima Reserva, 2009 – Adega Alentejana
22. Dona Maria Reserva, 2008 – Decanter Vinhos
23. Conde D’Ervideira Private Selection Tinto, 2008 – Intercom Comércio Internacional
24. Aliança Bairrada Reserva, 2011
25. Vinha Pan, 2009 – Mistral
26. Marquesa de Alorna Reserva, 2009 – Adega Alentejana
27. Julia Kemper, 2009 – Gracciano Com. Imp. Exp. Bebidas
28. Quinta Fonte do Ouro Touriga Nacional, 2009 – Adega dos 3
29. Casa da Passarela Vinhas Velhas, 2009 – Vinica
30. Quinta do Serrado Reserva, 2009
31. Quinta do Perdigão Touriga-Nacional, 2008 – Mistral
32. Quinta da Bica Reserva, 2005 – Gianno Import
33. Quinta do Vallado Reserva Field Blend Douro Tinto, 2011 – Cantu
34. Quinta da Casa Amarela Grande Reserva, 2011 – Winemundi
35. Casa Ferreirinha Callabriga, 2010 – Zahil Importadora
36. Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas, 2010 – Qualimpor
37. Pintas, 2010 – Adega Alentejana
38. Poeira, 2010 – Mistral
39. Batuta, 2010 – Mistral
40. Passadouro Touriga Nacional, 2010 – Adega Alentejana
41. Quinta do Pessegueiro, 2010 – World Wine
42. CV-Curriculum Vitae, 2010 – Worldwine
43. Quinta de la Rosa Reserva, 2009 – Ravin
44. Chryseia, 2009 – Mistral
45. Quinta do Noval Touriga Nacional, 2009 – Adega Alentejana
46. Quinta do Portal AURU, 2009 – Wine & Roses / Chaves & Oliveira

Vinhos Fortificados e Sobremesa:
47. Bacahalhôa Moscatel Roxo, 2001 – Portus Cale Exp. Imp.
48. Justino’s Madeira Colheita, 1995 – Porto a Porto / Casa Flora
49. Graham’s Tawny 30 anos – Mistral
50. Burmester Porto Colheita, 1963 – Adega Alentejana

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"Ver o vinho" é sentir o vinho!

No último sábado fui convidada pela sommelière Daniella Romano a participar de uma aula com o Grupo Ver o Vinho. 


Esse grupo, que já existe há três anos, é formado apenas por deficientes visuais. A Daniella, idealizadora e mantenedora deste grupo, me explicou que não foi nada fácil adaptar o processo de degustação de vinhos: foi necessário uniformizar o tamanho das taças, utilizar marcadores e fichas técnicas em braile, ensinar a girar a taça... Isso sem falar nas aulas para orientar a percepção sensorial e descobrir se o vinho é branco, rosé ou tinto, perceber o perlage de um espumante, e mais uma série de informações que, para nós que podemos enxergar, acaba sendo muito mais fácil diagnosticar.

Optei por falar sobre a casta Riesling - quem frequenta o Taças e Rolhas sabe que essa é minha uva favorita - e queria compartilhar esse amor com esse grupo. Assim que iniciei minha fala, já optei por ser vendada e assumo: fiquei muda! Percebi que estava mais ligada na audição, mas meu poder de fala praticamente desapareceu. 


Mas, para que falar?? O melhor de tudo foi poder escuta-los... Quanta percepção eles apresentaram, meu deus! Todos os aromas tão bem descritos: querosene, isqueiro, plástico, ferro, estavam todos lá... E eu travada, sem encontrar minha taça de água, sem saber onde estava a cuspideira, me esforçando ao máximo para não derrubar tudo, mas escutando cada relato delicioso. 

Saí de lá com a certeza de sempre reforçada: O vinho é sensação, é alegria, é estar em harmonia com quem você divide a taça... Essa história de vinho com "terno e gravata", elitizado é coisa de um passado remoto de nossa história!


Uma manhã de sábado muito especial, com um grupo que me ensinou o que é realmente degustar às cegas. Obrigada!

Fotos: Daniella Romano

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Chegou a vez dos mineiros!

Anote na agenda: O Encontro de Vinhos desembarca pela primeira vez na capital mineira. No dia 14 de setembro o evento estará na cidade com a caravana mais itinerante do vinho no Brasil e você não pode perder esse evento.


Venha provar os vinhos, conversar com quem os importa ou mesmo quem os faz. O ingresso dá direito a provar todos os vinhos da feira e permanecer pelo tempo que quiser.

Comprando seu ingresso antecipadamente você garante um desconto, pagando somente R$ 50,00 (associados ABS pagam R$ 30,00 mediante apresentação da carteirinha). No dia do evento será vendido também, a R$ 60,00.

Nos vemos lá!

Encontro de Vinhos Belo Horizonte 2013
Data: 14/09 (Sábado)
Local: Mercure BH Lourdes
Avenida do Contorno, 7315 – Bairro Lourdes
Horário: Das 14h as 22h.
Ingressos: R$ 50,00 (antecipado) e R$ 60,00 na hora. Associados ABS têm 50% de desconto apresentando carteirinha

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Churrasco harmonizado com vinho do velho mundo #cbe

Sei que tinha de falar das harmonizações realizadas com os vinhos tintos da Wines of Chile, mas estou fazendo uma pausa para publicar o post da Confraria Brasileira de Enoblogs (#cbe), que tem data certa para sair. Retomarei o assunto na próxima publicação.

O Cristiano Orlandi, do blog Vivendo Vinhos, lançou o seguinte desafio: "Qual vinho do velho mundo você abriria com um churrasco?"


E nós, que adoramos desafios e harmonizações, corremos para adega e escolhemos o vinho.

O eleito foi o espanhol Santa Cruz de Artazu 2006, da região de Navarra.


Elaborado 100% com a casta Garnacha, vinda dos vinhedos mais antigos da vinícola, esse vinho apresentou coloração violácea e reflexos negros, aromas de tabaco, notas terrosas, café, tomates, violetas e um pouco de álcool que esquentava o nariz. Depois de 1 hora e meia aberto, os aromas evoluíram e o álcool desapareceu.

Na boca mostrou complexidade, notas frutadas, levemente adocicadas, bom corpo e um álcool que insistia em querer aparecer, mas que também desapareceu depois de 1 hora, aproximadamente. 

Harmonizou muito bem com uma picanha mal passada, principalmente com aquela bordinha de gordura que  - confesso - adoro de paixão e sempre como um pedaço, apesar de saber todo o mal que ela pode proporcionar!! 

Comprei a garrafa na Mistral, por 228,00.