Um lugar chamado Orvieto!

Orvieto é uma cidade no sudoeste da Umbria, Itália, que está situada no alto de uma montanha de tufo vulcânico.

Ela é famosa por vários motivos: pelos vinhos brancos frescos, leves e muito frutados (que eu adoro!), por suas construções, incluindo as muralhas que cercam a cidade, serem feitas da mesma pedra vulcânica. Ou seja, ela é toda monocromática, não fosse a cor do céu e da grande quantidade de flores que estão a cada janela, a cada esquina, ...

É famosa ainda pela gigantesca catedral, que levou 300 anos para ser construída... Pudera, olha a altura disso!!!

Observe o tamanho das pessoas em relação à igreja....

Mas confesso que a fama pouco importa. Colocar os pés nessa cidade foi descobrir uma sensação que nunca havia tido. A sensação de que o tempo ali é outro...

Não, o tempo não parou. Mas suas ruas, seus restaurantes, a paisagem, as pessoas que ali moram imprimem uma outra maneira de viver. Tudo é tranquilidade, observação, contemplação... Não há pressa afinal, a vida é usufruir e não correr.

Linda noiva sorridente, que agradecia a cada cumprimento dos turistas!

Apaixonante!

Mas o que beber em uma cidade assim?

Um clássico Orvieto, de qualquer produtor, de qualquer safra, só apreciando a paisagem!

Um brinde à vida! Saúde!

Se você quiser saber um pouquinho de como é Orvieto, clica nesse vídeo que encontrei a um tempão atrás no blog do querido amigo, Peter Wolffenbuttel, o Além do vinho.

Encontrei um espumante argentino que me surpreendeu...

Espumante argentino nunca me conquistou. Todos os que experimento apresentam um amargor no final que me incomoda. Além disso, sempre os acho curto, sem "interessância", sem graça.

Mas nada como um dia após o outro, não é mesmo? Na masterclass dos vinhos argentinos tive a oportunidade de experimentar um espumante que me surpreendeu. Foi o Cosecha Especial Extra Brut, da Bodega Norton.

Elaborado 100% com a casta Chardonnay, esse vinho mostrou uma coloração amarelo intenso bem bonita. No nariz apresentou notas de frutas amarelas maduras (principalmente carambolas) e flores brancas. Na boca apresentou bom corpo, notas de baunilha e uma persistência que me surpreendeu. Além disso, aquele amargor que eu disse sempre me incomodar, não apareceu por aqui. 

Para aqueles dias de calor é uma boa pedida. Aprovado!

Roma e um Falanghina!

Que delícia chegar em Roma! Abandonar as bagagens, pegar a máquina fotográfica e sair correndo em busca de descobertas foi nossa prioridade. E olha que descoberta é o que não faltou...

A melhor maneira de conhecer Roma é calçar um par de tênis e andar, andar, andar, ... e só parar quando seus pés e pernas não aguentarem mais. E lamento avisar que, mesmo depois de todas as suas forças terem acabado, vai ficar faltando MUITA, mas MUITA coisa para conhecer.

A cúpula da Catedral de São Pedro (ao fundo) impressiona pela sua imponência!

Estivemos na Cidade Eterna por 4 dias. Acordávamos às seis da manhã, íamos dormir à meia-noite e, ainda assim, ficou uma infinidade de coisas para ver. Mas o que conheci está aqui bem guardado. 

Tudo em Roma é descoberta; qualquer travessa ou ruazinha tem uma looooonga história para contar. 

Ruínas do Império Romano. Essas são datadas do século I d.C

E foi por uma dessas ruazinhas que fizemos uma das nossa melhores refeições em Roma. Eu não peguei dica de restaurante nem com amigos, nem em guias. Fomos de peito aberto, na coragem e na emoção. Se o lugar tivesse uma vista incrível, era lá que entrávamos!

O restaurante Angelino ai Fori nos ganhou com essa sombra fresca e com taças convidativas a um bom vinho depois de andarmos sob um sol escaldante! 

A primeira coisa que escolhi foi o vinho que, para mim, também foi descoberta. Um vinho elaborado 100% com a casta Falanghina, do produtor Feudi di San Gregorio.

Esse produtor tem seus vinhos distribuídos aqui no Brasil pela Casa Flora, mas nunca havia visto, tampouco ouvido falar na casta Falanghina. Aprovado, viu?

Coloração amarelo palha claro com reflexos verdes brilhantes. No nariz extremamente aromático, intenso e persistente, com notas de flores brancas e frutas. Na boca mostrou equilíbrio e frescor. Perfeito para um calor de 35°C.

Para repor as energias, nosso cardápio foi:

Salada Caprese 

Salada de Prosciutto e Melone

Hummmmmm... Melone Orange soterrado por presunto cru!

Saltimbocca alla romana (claro!!!!) 

E uma pasta coberta por Parmigiano Reggiano, Presunto Cru e Ervilhas

Ah, Roma! Se eu pudesse, viveria aí para sempre!

"A verdadeira arte de viajar...

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali…
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!" - Mario Quintana

Da Itália para a vida real!

Pois é, os dias passaram voando e eu já estou de volta a vida real. Tudo funcionando 100%: trabalho, casa, blog... E as mais doces lembranças dessa viagem estão presente a todo instante em minha mente.

Será que os romanos conseguem enjoar dessa paisagem? Impossível!

Eu sabia que ir para a Itália seria algo incrível, mas me deparei com algo mágico, inesquecível.

Tenho a impressão que a Itália surgiu para nos por um sorriso nos lábios. Parece que tudo foi milimetricamente pensado para ser um cenário perfeito... Por vezes duvidei que pessoas pudessem morar em locais tão bonitos!

Civita de Bagnoregio, onde vivem apenas 16 pessoas! 17 comigo!!!

É verdade que o "Taças e Rolhas" é um blog de vinhos e não de viagens, mas é claro que vou compartilhar com vocês vários desses momentos, principalmente os vinhos que tomei por lá, que foram harmonizados com paisagens incríveis!

Então é isso, hoje retomo os trabalhos do blog, compartilhando com vocês os vinhos que bebi e as histórias que vivenciei! 

O Pantheon é emocionante! Virar uma esquina e dar de cara com essa construção do século II a.C é inenarrável!

Encontro de vinhos em Ribeirão Preto!

A cidade de Ribeirão Preto receberá o Encontro de Vinhos no dia 27 de julho.

Foto: Divulgação

Aproveitando o clima de férias e de inverno, os organizadores Beto Duarte e Daniel Perches escolheram o Hotel JP para a realização do evento. Para isso, o salão principal do hotel vai receber dezenas de expositores que trarão vinhos brasileiros e importados para degustarmos.

O formato continua sempre o mesmo: você chega, pega uma taça e pode passar pelos expositores e provar os vinhos oferecidos. O evento será em um sábado, para maior comodidade dos participantes. Começa às 14h e vai até às 22h. 

Serviço: 

Encontro de Vinhos Ribeirão Preto 2013

Data: 27/07 (Sábado)

Local: Hotel JP – Rodovia Anhanguera, Km 306,5

Horário: Das 14h as 22h.

Ingressos: R$ 50,00 (antecipado) e R$ 60,00 na hora. Associados ABS têm 50% de desconto apresentando carteirinha.

AVISO: Estou em férias! Você está lendo um post inédito, mas programado. Volto à ativa (ao blog e aos e-mails) em 22 de Julho.

Que vinho você tomaria...

Que vinho você tomaria enquanto aprecia a bela paisagem de Veneza?

Eu abriria um vinho branco italiano bem fresquinho, despretensioso... Um vermentino talvez, e você?

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Pinot Noir nacional

A alguns dias atrás abri uma garrafa de Pinot Noir brasileiro: o Dádivas 2012 da Lídio Carraro.

Esse produtor nacional é o responsável pelo vinho da Copa do Mundo, o "Faces", que eu ainda não tive a oportunidade de experimentar. Mas assim que eu adquirir a garrafa, posto aqui.

Mas vamos falar do Dádivas: Vermelho "aguadinho" típico da casta, aromas de frutas vermelhas (principalmente cereja e framboesa), um toque herbáceo que desapareceu meia hora depois de aberto, um álcool que esquenta o nariz e algumas notas terrosas. Na boca mostrou taninos jovens, mas já amaciados e uma boa persistência. 

Bebemos esse vinho acompanhado de um X-burger. Quase óbvio dizer que não harmonizou com o hambúrguer, mas combinou, surpreendentemente com a maionese e com o queijo derretido.

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Quinta da Raza

Durante a apresentação dos vinhos portugueses no Hotel Tívoli, aqui em São Paulo (não leu, clique aqui), tive a oportunidade de conhecer a Mafalda - a simpática portuguesa proprietária da "Quinta da Raza", uma  vinícola localizada na sub-região do Basto, em plena região dos vinhos verdes.

Ela nos narrou a sua história, a história da vinícola e, na sequência, nos apresentou uma sequência de 5 vinhos que, sob o meu olhar, são a cara do verão brasileiro:  fresco, leve e alegre.

Todos me surpreenderam pela qualidade, mas o vinho mais básico, o Raza 2012 (o 1º da direita para a esquerda) me ganhou justamente pela qualidade aliada a um bom preço (2 euros): vinho extremamente aromático, com toques florais intensos que lembram muito mais um perfume do que um vinho. Na boca mostrou acidez elevada e uma coloração transparente, como água. Um vinho festivo, que harmoniza com nosso sol escaldante... Esse vinho é a cara do Nordeste: 30º o ano todo!

Uma pena que ainda não tenha importação para o Brasil!

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Harmonizando com costelinha de porco!

Todas às sextas-feiras eu escrevo uma coluna sobre harmonizações no blog Papo de Vinho, do jornalista Beto Duarte.

Já publiquei lá uma harmonização com costelinha de porco. Mas como costumo receber alguns e-mails pedindo dicas de harmonização com esse prato, optei por reproduzir aqui o texto:

"Se tem uma carne que eu devoro, sem medos, é carne de porco... E olha que eu cresci, escutando que carne de porco é perigosa e blá blá blá... 

Costelinha, costeleta, joelho, lombo... sempre comi e estou aqui, vivinha. Acho que ela é bem menos prejudicial que esse monte de frango cheio de anabolizantes por aí. Mas o nosso assunto aqui é vinho, então vamos lá:

Sugestão para o final de semana: Prepare uma deliciosa costelinha de porco com molho de cebolas e retire da adega um vinho da Bairrada ou da Rioja afinal, precisaremos de vinhos com bom corpo para acompanhar a carne gordurosa. Se você tiver um Malbec argentino ou Chianti Riserva, aproveite, porque eles também darão conta do recado!

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Semillón 1942 - História engarrafada!

Adoro histórias engarrafadas! O vinho é dessas bebidas que nos traz, além de um grande prazer ao bebê-lo, a possibilidade de aprendermos sobre histórias de uma região, de uma vinícola, de uma família... E tudo isso, ao meu olhar, agrega muito valor a um vinho!

Durante o Grand Tasting Argentina, que ocorreu aqui em SP há alguns dias (não leu, clique aqui) tive a grata e rara oportunidade de degustar uma preciosidade: um vinho da casta Semillón, da safra de 1942, da Bodega Lagarde.

A história por traz desse vinho é a seguinte: Ao adquirirem a bodega, a família Pescarmona (os atuais donos da vinícola) encontrou uma pipa de 1800 litros de capacidade, cheia de vinho feito com a casta Semilllón, de 1942. O precioso líquido foi engarrafado e, graças às oportunidades da vida, pude apreciá-lo.

O vinho apresentou uma coloração amarelo ouro brilhante e, apesar da idade de 71 anos, esse senhor vinho surpreende pela vivacidade: notas de doce de abacaxi, castanhas, mel, caramelo e um toque oxidado. Na boca mostrou-se fino, com acidez deliciosamente presente, bom corpo e a certeza de que a idade fez bem a ele. Para você ter um ideia do sabor, pense em um Jerez bem elegante!

Como harmoniza-lo? Sozinho: você, o vinho e seus pensamentos...

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Itália, aqui vou eu!!!

As tão sonhadas férias chegaram! A hora de desconectar o computador, fazer as malas e ir para a Itália também! 

Sim!! Estou realizando o sonho de ir para a Europa. Vou ficar por lá alguns dias, desfrutando de boa comida, paisagens incríveis e claro, excelentes vinhos!

Por isso, leitores, nos próximos dias esse blog vai ficar ocioso... É verdade que deixei alguns posts programados, mas não sei se vai funcionar... Tomara que sim, pois, caso contrário, ele vai ficar desatualizado por alguns dias!

De qualquer forma, é provável que eu utilize o Instagram e o Facebook para postar algumas coisas... Então, já sabe, se quiser saber o que vai rolar, me acompanhe por lá, ok? Quando eu voltar, prometo contar tudo...

O avião está me esperando! Arrivederci... 

Grand Tasting Argentina

Aconteceu na última quinta-feira, aqui em SP, o Grand Tasting Argentina, no hotel Unique. 

Com organização impecável da Wines of Argentina, esse evento contou com uma masterclass deliciosa: o premiado enólogo da Bodega Norton, o senhor Jorge Riccitelli (eleito, em 2012, como o enólogo do ano, pela Wine Enthusiast), nos explicou sobre os três grandes pólos da produção argentina de vinhos. Apresentou também uma breve explicação sobre as diferentes composições de solo nessas regiões. Ressaltou ainda que, apesar da Malbec ser a uva símbolo do país, não podemos nos esquecer da excelente qualidade de outras castas ali produzidas, como a Bonarda e a Cabernet Sauvignon.

Durante a masterclass degustamos 9 rótulos incríveis, que merecem ser descritos um a um. Por isso, nos próximos dias, vou comentá-los, ok?

Se o evento acabasse por aí, já estaria bom, mas ainda tinha muito mais: depois da masterclass, seguimos para um grande salão, onde 44 vinícolas expunham o melhor de suas produções. Tinha de tudo da melhor qualidade - desde vinhos famosos e consagrados até vinhos inusitados e diferentes, passando por rótulos inesquecíveis, como o Semillón 1942, da Bodega Lagarde, que tive a honra de experimentar... e que também merece um post só para ele.

Enfim, um evento para guardar na memória! E em vários posts...