sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Sorvete de vinho?

Já que o calor está matando, que tal um sorvete de vinho para refrescar!


A sorveteria Mercer’s Dairy criou um sorvete elaborado com vinho, para delírio dos enófilos! O produto, disponível apenas nos EUA (infelizmente), não possuí apenas sabor de vinho. Segundo seus produtores, a bebida é utilizada na elaboração da sobremesa, tanto que os sorvetes podem chegar a ter até 5% de álcool, dependendo do sabor escolhido. Por isso, segundo a legislação norte-americana, esse sorvete só pode ser apreciado por maiores de 21 anos!

Veja só os sabores:
  • Cherry Merlot
  • Chocolate Cabernet
  • Peach White Zinfandel
  • Port
  • Red Raspberry Chardonnay
  • Riesling
Quem é leitor desse blog sabe qual o meu sabor favorito. E o seu, qual é?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Que 2013 seja a melhor safra da sua vida!!


Mais um ano se encerra! É neste momento que, sozinhos ou bem acompanhados (de preferência), começamos a analisar tudo o que aconteceu e tudo aquilo que podemos realizar no próximo ano. Por isso decidi que, a partir de agora, compararei meus momentos com o maravilhoso mundo dos vinhos. Você pode fazer o mesmo:

Quantos brindes verdadeiros e comemorações pessoais ou de pessoas queridas tivemos este ano? Fizemos boas harmonizações este ano com amigos e conversas? Aproveitamos até a última gota daquele momento especial que pode ser comparado à melhor taça de uma excelente safra?

E para o próximo ano? Vamos nos permitir conhecer lugares novos como se estivéssemos experimentando um rótulo novo? Vamos degustar uma série de momentos espetaculares e fazer anotações sobre eles? Sentiremos o aroma intenso de uma conquista?

2013 será como uma degustação às cegas. Não sabemos o que será servido, não sabemos o que esperar. Pode ser a safra de nossas vidas, que nos surpreenderá com aromas e sabores inéditos e fantásticos.

Alguns podem enxergar 2013 como uma taça meio vazia, mais do mesmo, nada de especial. Mas os otimistas sempre enxergarão a taça meio cheia e dividirão com seus amigos esses generosos goles.

Que 2013 seja a melhor safra da sua vida!!! Feliz ano novo!!! Saúde!!


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Degustação de água!

Na noite de sábado nos reunimos na casa do blogueiro Evandro (do blog Confraria dos Panas) para realizar uma degustação de águas. Sim, águas! Afinal, essa história de que água é incolor, insípida e inodora faz parte de um passado escolar que, para quem gosta de degustar, deve ser revisto. E sabe porquê? Porque elas tem sim, sabores diferentes. 

Esses sabores diferentes se dá justamente pela composição distinta de cada água (tipos e quantidades de minerais, qualidade do aquífero, clima e solo). E esses sabores distintos são facilmente perceptíveis quando essas águas são degustadas sequencialmente. 

Essa foi nossa primeira degustação, por isso, começamos com apenas 8 rótulos (3 com gás e 5 sem gás). A próxima já está idealizada e, em breve, começaremos a buscar mais rótulos para testarmos.

Que água é importante todo mundo sabe, mas existe até uma legislação que define o que é água mineral e quais os nomes devem constar nos rótulos para melhor guiar o consumidor no ato da compra. Olha o glossário: 

*Alcalino-bicarbonatadas: Ricas em bicarbonato, favorecendo a digestão.
*Alcalino-terrosas: De modo geral, diminuem a acidez estomacal e têm alto poder de hidratação.
*Carbogasosas: Naturalmente gasosas, mas podem receber reforço de gás para assegurar sua característica. São diuréticas e digestivas.
*Fluoretadas: Têm pequena quantidade de flúor. Se for mais que 2mg/litro, não são recomendadas para crianças com menos de 7 anos.
*Gaseificadas: Significa que receberam CO² durante o processo de envasamento.
*Oligominerais: Têm grande quantidade de sais minerais em baixa concentração. São as chamadas águas leves. Boas para sucos e café.

Começamos com os rótulos sem gás e depois partimos para as gaseificadas (artificiais e naturais). Tudo às cegas. O mais interessante foi ver que nós todos, sem exceção, conseguimos identificar qual era água de torneira e quais eram gaseificadas natural e artificialmente. Além disso, foi possível perceber que existem águas com características mais encorpadas e untuosas, outras que estimulam mais a salivação, outras com toque salgado ("notas de soro fisiológico", conforme foi dito durante a degustação) e ainda algumas com uma leveza impressionante.

As águas que degustamos foram - Com gás (S. Pellegrino - Itália; Badoit - França; Prata - Brasil). Sem gás: (Acqua Panna - Itália; Nestlé Pureza Vital - Brasil; Evian - França; Água da torneira; Crystal -Brasil)

Foto: Jane Prado, do blog Château de Jane
As italianas foram as rainhas da noite. Tanto a S. Pellegrino como a Acqua Panna foram as vencedoras. O que mais agradou? O gás natural e levíssimo da primeira e a delicadeza da segunda. Vale lembrar que a francesa Badoit não fez feio e, por bem pouco, quase faturou o primeiro lugar entre as gaseificadas. 

Vale destacar que o resultado completo está na imagem acima: As três primeiras garrafas representam, respectivamente o primeiro, segundo e terceiro lugares entre as gaseificadas. Na sequência estão as águas mais bem pontuadas no quesito sem gás. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

100% Fer Servadou - Raro, hein?

Variedade pouco conhecida, a Fer Servadou é uma uva típica do sudoeste francês, usada, normalmente, em uma mistura com outras uvas para os vinhos de apelação Gaillac e Marsillac. No Madiran também é utilizada na mistura com a Tannat.

Já provei vinhos dessa região e, consequentemente, vinhos com a Fer Servadou. Porém, um vinho 100% com essa casta jamais tinha entrado na minha taça. Aliás, esse tipo de vinho é bem difícil de encontrar... Mas quis o destino que o Beto Duarte (jornalista, blogueiro e amigo) compartilhasse sua garrafa - trazida de uma viagem ao Languedoc - conosco, em um dos nossos encontros por aí...


E meu momento de prova-lo, chegou: Vinho orgânico e biodinâmico, apresentou coloração arroxeada intensa. Aromas de framboesa, amora e cereja. Na boca mostrou médio corpo, taninos firmes e acidez elevada. Experiência que valeu a pena... Por isso, se tiver a oportunidade, não a desperdice - tome um Fer Servadou.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O básico do Vinho do Porto

O Alexandre Mathias (meu marido) estava estudando um pouco sobre vinhos do Porto e decidiu escrever um post para compartilhar seu aprendizado com todos nós. Ele gostou da experiência... Fez até uma tabela para ajudar na explicação. Acho que logo, logo, esse blog ganha mais um editor!! Vamos ao texto:

"Existem três estilos de vinhos do Porto, são eles: Branco, Tawny e Ruby. Esses estilos são definidos pelo tipo de envelhecimento, com exceção do Porto branco, que se deve ao fato de ser elaborado apenas com  uvas brancas.

Uma característica dos vinhos do Porto é que são utilizadas combinações de várias colheitas (safras diferentes) para a criação de um lote, o que lhe confere uma idade média e qualidade padrão, exceto para vinhos com o ano da colheita indicado no rótulo.

Fato: apenas o Porto Vintage evolui na garrafa, alguns podem ser guardados por décadas. Os demais já estão prontos para consumo.


Diferente de outros vinhos, o Porto tem o seu processo de fermentação interrompido com a adição de uma quantidade de aguardente vínica. O que resulta em um vinho com maior grau alcoólico e doçura natural.

Sua produção ocorre na região do Douro, um vale que se situa no nordeste de Portugal, ao longo do Rio Douro. Esta região é tida como a mais antiga demarcada do mundo (desde 1756).

As uvas utilizadas na elaboração do vinho do Porto são: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Amarela. As uvas brancas são: Malvasia Fina, Viosinho, Donzelinho e Gouveio.

Fato: É expressamente proibida a mistura entre as uvas brancas com as uvas tintas.

O Porto Vintage só é produzido em anos de extraordinária qualidade. Ele é engarrafado ainda jovem, com toda sua intensidade e fruta para evoluir na garrafa. Em geral, alcança sua boa fase entre 8 e 10 anos; em alguns casos podem continuar evoluindo por décadas. Os melhores anos das últimas décadas foram: 63, 66, 70, 77, 80, 83, 85, 87, 91, 92, 94, 95, 97, 00, 01 e 03.

Caso o vinho produzido com uma colheita excelente não atinja as característica excepcionais para um Vintage, o mesmo permanece no tonel até o quarto ou sexto ano. Este tempo extra de maturação tornará o vinho apto para o consumo logo após o engarrafamento. Estes são os vinhos classificados como LBV (Late Bottled Vintage)."