segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Bardega é incrível, mas senti falta de algo...

Na última quinta-feira visitei o recém-inaugurado e já famoso Bardega. Para quem não sabe, o Bardega é um novo bar aqui em São Paulo, que dispõe de 12 máquinas Enomatic (aquelas que vende vinho por taça), onde você mesmo se serve. Basta chegar, inserir o cartão, escolher o vinho, a quantidade em mililitros e pronto... Taça cheia!! Sonho de consumo para qualquer enófilo!


Ambiente bacana, atendimento feito por pessoas gentis e educadas... Confesso que ver aquele monte de garrafas é realmente tentador... Mas eu saí de casa com um roteiro bem definido, a fim de não sucumbir e beber (e gastar) mais do que deveria. Determinei beber uma taça de champagne, uma de vinho branco, uma de vinho rosé e uma de vinho tinto.

Cheguei e iniciei os serviços com o champagne Drappier - fresco, repleto de acidez, com perlage fino e intenso. Harmonizei com um ceviche de salmão e avocado. Perfeição!


Levantei-me para escolher um branco e, como não poderia deixar de ser, fui com um Riesling alemão, da região do Mosel, o Zeltinger Sonnenhur Selbach-Oster. Outra delícia!

Mas quando chegou o momento do rosé, fiquei muito triste, pois não tinha uma garrafinha sequer... nada, só champagne rosé. Vinho tranquilo rosé, nenhum... Como assim? Acho que a Provence merecia, ao menos, ser representada por uma garrafa. Sei que no Brasil as pessoas tem vários preconceitos com vinhos rosés, mas precisamos trabalhar essa questão... Confesso que fiquei tristinha, mesmo...

Fui direto para o tinto. Depois de muito procurar, pois as opções são inúmeras, meu escolhido foi um francês, da região de Bordeaux, mais especificamente Saint-Emilion Grand Cru, o Virginie de Valandraud. Que delícia! Maduro, pronto, inesquecível... Harmonizei com um entrecôte delicioso, acompanhado de vegetais crocantes. Incrível!


Chegou a hora da sobremesa e eu, que não sou muito ligada em doces, não resisti ao Crema Catalana, acompanhado de figos... Ai, meu deus, que delícia!!!


Não tomei nenhum vinho de sobremesa, embora tenha ficado com vontade de vários... A razão falou mais alto, ou eu teria de dormir por lá mesmo... 

Adorei a experiência! Leitores, vale super a pena conhecer o lugar: Como já disse, ambiente bacana, pessoas gentis, comida deliciosa, e vinhos sensacionais. Apesar de ficar tristinha com a ausência do rosé, o lugar merece não só uma visita, mas várias. Já estou programando a minha próxima!!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Voyeur...

Dando sequência ao post anterior, depois do vinho Bastardo, fomos para o Voyeur.

Esse rótulo também segue o mesmo conceito que os demais vinhos da Wine With Spirits - vinho para ser bebido nas mais diversas situações. Veja só o breve texto que aparece no contra-rótulo dessa garrafa:

"Já se sentiu observado?
No trânsito, no escritório, pela janela do seu quarto? De certeza que em alguma ocasião alguém tinha os olhos postos em si. Ninguém lhe tocou, mas foi alvo de desejo sem saber.
À sua frente tem um objecto de prazer. Olhe bem... Não resista à provocação! Toque, sinta, cheire e beba. Não vai ter muitos momentos assim."


Inusitado, não é mesmo? Mas vamos às impressões - elaborado com as castas Castelão (48%), Touriga Nacional (28%) e Touriga Franca (24%), esse vinho se mostrou bastante aromático e sedutor: aromas de frutas vermelhas, pimenta, um leve tostado e azeitonas pretas. Na boca mostrou-se suculento, com bastante notas de frutas vermelhas. Vinho fácil de beber! Harmonizei com filet mignon grelhadinho e ficou ótimo... 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Bastardo, mas delicioso!

Na noite de terça-feira aconteceu mais um Winebar. Os vinhos da vez foram os portugueses "Bastardo" e "Voyeur", da linha Wine With Spirits, trazidos pela importadora abflug.

Nomes curiosos, não é mesmo? Pois é, a Wine With Spirits criou esses produtos, justamente com a ideia de fazer do vinho algo despretensioso, para ser bebido nas ocasiões mais inusitadas e, o melhor, sem cerimônias. E vou dizer uma coisa, eles conseguiram!

O primeiro que degustamos foi o "Bastardo 2010"


Que cor linda, não? E esse rótulo? Já não bastasse a inscrição "Bastardo", eles vão além e colocam uma poesia na sequência, como se fora o brinde necessário para expurgar o bastardo da sua vida... Quase como uma catarse!!

Vamos ao vinho: Da região de Setúbal, esse rótulo foi produzido a partir das castas Castelão (45%), Aragonez (25%) e Trincadeira (30%). No nariz apresentou aromas bem frutados, principalmente de cereja. Na boca mostrou médio corpo, notas de frutas vermelhas e média acidez. Confesso que essa falta de acidez me incomoda um pouco. Mas o mais legal de tudo é perceber como paladar é algo pessoal: Degustei esse vinho junto dos meus pais, irmãos e marido e todos eles, sem exceção, foram categóricos - "Nossa!! Que vinho delicioso!".

Vinho bem feito, correto, feito para um momento de descontração com amigos, familiares, em um final de tarde, para brindar à vida! 

No próximo post, vamos com o "Voyeur"!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Winebar e Vollereaux: minhas impressões!

Ontem à noite, conforme divulgado no post anterior, aconteceu o Winebar. Confesso que foi uma experiência muito legal! Preparei as comidinhas que queria testar com os champagnes e, às oito horas da noite, em ponto, estávamos com o notebook e o Ipad sobre a mesa, comendo, bebendo e digitando as impressões.

É, a tecnologia está mesmo dominando tudo! Quer coisa melhor do que você poder beber e comentar, em tempo real, com os amigos e ainda poder tirar dúvidas com o produtor do vinho? É uma aula virtual, da mais alta qualidade.

Os champagnes degustado no Winebar de ontem foi do produtor Vollereaux, trazidos pela importadora Chez France (tem post sobre eles aqui).


Minha proposta foi harmonizar os rótulos Brut e Rosé com as seguintes comidinhas: Arroz selvagem e um refogado de tomates e palmito; shimeji refogado na manteiga e molho shoyu; queijos camembert e brie e, por fim, morangos. Mas vamos às estrelas da noite e as minhas impressões:

O champagne Vollereaux Brut é elaborado com 1/3 de cada tipo de uva (Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay), também é um blend de vinhos dos anos 2005, 2006 e 2007. Na taça mostrou um amarelo palha bem clarinho, com perlage constante e bem fino. Notas frutadas se destacaram (principalmente abacaxi e melão), assim como notas de panificação e cítricos. Observei uma notinha amoniacal (aquela do queijo brie fabricado a mais tempo, sabe?), bem ao fundo. A acidez e o frescor me ganharam (sempre me ganham, né?). Na boca mostrou acidez, frescor, além de ser leve e ter uma boa persistência. O melhor de tudo? O preço - Essa garrafa custa R$131,00. 

Na harmonização com as minhas comidinhas, o que melhor combinou com o Brut foi o queijo Camembert (perfeito, já dizia Saul Galvão!) e com o arroz selvagem (o champagne ressaltou ainda mais as notas terrosas e de chá mate do arroz). 

Na sequência abrimos o Rosé de Saignée, que foi elaborado 100% com a Pinot Noir e que alcança uma coloração cereja, com traços alaranjados (cor de pôr do sol, como eu gosto de falar) graças ao contato com as cascas das uvas por apenas 17 horas e nada mais.

No nariz, aromas de frutas vermelhas, principalmente cereja, e notas de panificação. Na boca, mostrou bastante persistência e as notas de frutas vermelhas se repetiram. Na harmonização, se saiu melhor com o arroz selvagem e com os morangos.

O melhor de toda essa experiência? Saber que é possível comprar champagnes de qualidade, com um preço inferior ao praticado por aí. Para que fique mais claro: O Vollereaux Brut tem características de um champagne de entrada. Se compararmos com os outros champagnes de entrada de maisons famosas, fico com a Vollereaux facilmente, que tem melhor preço e uma excelente qualidade.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Taças e Rolhas no Winebar!

Quero compartilhar algo com vocês: Fui convidada a participar da degustação do Winebar! E isso ocorrerá nessa terça-feira, a partir das 20 horas. O melhor de tudo isso? Você também pode participar.

O Winebar é um serviço criado para os apaixonados pelo vinho, onde são realizados eventos e degustações virtuais através das redes sociais. Além de assistir o evento ao vivo, através de um sistema de transmissão diretamente por um canal no Facebook, você pode participar da degustação, enviando perguntas aos convidados. Um jeito fácil de conhecer novos vinhos, conversando diretamente com o produtor, só que no conforto de sua casa.

Nessa terça-feira a transmissão será direto do Le French Bazar, aqui em SP. A degustação será com Julien Breuzon, produtor do Champagne Vollereaux, importado pela Chez France (que já teve post aqui).

E, se você se cadastrar no link (aqui), você concorre a um Champagne Vollereaux Brut. Não vai perder, hein?

Não se esqueça, terça-feira (06/11) a partir das 20 horas, no Facebook. Nos vemos lá!!

sábado, 3 de novembro de 2012

Salada refrescante e um Riesling para resistir ao calor

Já que foi declarada aberta a temporada de sol e calor intensos, nada como uma receita simples e um vinho com alto frescor para aliviar a sensação de "amostra grátis do inferno", que tem ocorrido nos últimos dias.

Elaborei uma saladinha de mozzarella de búfala acompanhada do tradicional pesto de manjericão, só que (seguindo as dicas de Jamie Oliver), adicionei um pouco de hortelã na elaboração do pesto e gotas de meio limão siciliano. Frescor imbatível! 

Foto: site Jamie Oliver
Uma entrada leve, deliciosa e que fica pronta em cinco minutos.

O vinho pensado para combinar com o calor, (não com o prato), foi o Riesling austríaco Lenz, do produtor Fred Loimer, da região de Kamptal.


Com uma explosão de aromas de pêssego, limão siciliano, maçã verde e toques bem minerais, esse vinho apresentou uma coloração amarelo palha bem clarinha e, no paladar muita acidez, frescor e bastante persistência. Mais um riesling para a minha lista de favoritos!

É verdade que a hortelã da salada atrapalhou na harmonização, mas, como eu disse, pensei somente na harmonização com os 36 graus da cidade de São Paulo afinal, eu queria mesmo era me refrescar e esquecer que terei de aguentar esse sol intenso até março!!