quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A última degustação!

A última degustação para o Guia Brasil às cegas, do jornalista e blogueiro Beto Duarte aconteceu na última semana. O encontro foi no empório Vino&Sapore, do querido amigo João Clemente.

É verdade que ele sempre nos recebe super bem, mas dessa vez ele nos preparou uma grata surpresa... Depois de pontuarmos nossos vinhos, ele abriu o vinho do Porto Fonseca Guimaraens Vintage 1995 e o queijo Serra da Estrela da Quinta da Lagoa, que ele mesmo trouxe de uma de suas viagens à Portugal...

Foto: Evandro Silva, do blog Confraria2panas
O que dizer dessa harmonização clássica?

Perfeição! Queijo altamente saboroso e um vinho impecável, que ainda tem bons anos de guarda. E se ainda a essa perfeição, juntarmos um grupo de pessoas que se conheceram ao acaso e construíram uma amizade em uma fase da vida em que a gente acha (ao menos eu achava) já não ser mais possível?

Ou seja, essa harmonização foi pra lá de especial...

E eu, que não sou dada às despedidas, tive que aceitar que momentos tão deliciosos como esse estavam chegando ao fim... Mas encerramos com a promessa de nos encontrarmos, ao menos, uma vez por mês. Eu acredito!


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Abraxas 2002 - o derradeiro!

Sumi, né? É que estou na loucura de final de bimestre, então eu fico sobrecarregada com as centenas de avaliações para corrigir... Mas confesso que não esqueci do blog, nem por um minuto!

Mesmo com a pilha de papel que se acumulava em meu escritório, encontrei tempo para degustar bons vinhos, na companhia de familiares e amigos, e fazer os meus registros.

Um desses foi o famoso uruguaio Abraxas 2002, da Dominio Cassis... Sim, é isso mesmo o que você leu, a safra era 2002. Consegui comprar minha garrafa por um acaso do destino, já que não é mais possível encontrar... Confesso que quando a peguei em minhas mãos, eu nem acreditei! Atualmente a safra vendida é a 2007!



Este vinho, elaborado 100% com a uva Tannat, passou 18 meses em barrica francesa nova. 

Quando abri a garrafa, me surpreendi (como eu esperava por isso!!!): Com 10 anos em garrafa, esse vinho apresentou uma coloração violácea de tingir a taça. Aromas de café, frutas negras maduras e couro se desprendiam. Duas horas depois de aberto ele ainda era altamente perfumado. Na boca apresentou taninos macios, elegantes e muito boa acidez. Apenas 600 garrafas foram produzidas nesta excelente safra. 

A harmonização foi com um risotto de limão siciliano (que passou do ponto), carré de cordeiro (preparado por Cristiano Orlandi, do blog Vivendo Vinhos), umas batatinhas assadas e uma saladinha...


O derradeiro Abraxas foi sucesso... Preciso comprar a safra 2007!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Festa mexicana do vinho!

Junte 10 amigos apaixonados por vinhos, um final de semana prolongado, comida mexicana, papo interessante e pronto, você terá a "festa mexicana do vinho!"

Foi isso o que fizemos no último sábado. E quem foi que disse que comida mexicana não harmoniza com vinho? Nessa nossa tentativa de obter sucesso com uma das harmonizações mais difíceis do mundo do vinho, percebemos que basta diminuir um pouquinho na quantidade da pimenta e tudo harmoniza perfeitamente...

Nosso cardápio foi composto por algumas comidas típicas elaboradas pelo blogueiro Evandro Silva, do blog Confraria2Panas.

Cada convidado levou o vinho que acreditava que melhor harmonizaria com as comidas e pronto! Abrimos tudo e provamos todos! Os vinhos se saíram muito bem...

Começamos com um incrível champagne, o Berry Bros & Rudd Ltd. Acidez, frescor, muitas maçãs verdes - tanto nos aromas, como na boca - do jeito que eu gosto!

Em seguida partimos para o surpreeendente Maccabeo francês, o Figure Libre 2009. Mais aromas de maçãs, frutas brancas bem frescas. Na boca, muito equilíbrio e delicadeza, harmonia entre os sabores e o álcool. Combinou perfeitamente com a guacamole.

O Concentus Pizzato 2006 foi o primeiro dos tintos a chegar à nossa mesa. Esse vinho nacional mostrou que não é brincadeira: Com coloração vermelho rubi e reflexos atijolados, esse vinho mostrou que está pronto para ser bebido. Muitos aromas de morangos, cerejas, pimenta e um leve defumado. Na boca mostrou equilíbrio, bom corpo e persistência.

Um sul-africano, da região de Stellenbosch, resolveu aparecer. O Anwilka 2006 também mostrou estar no tempo certo para ser bebido. Com coloração vermelho rubi e reflexos atijolados apresentou aromas de frutas vermelhas maduras, frutas negras e pimenta. Na boca, mostrou elegância, equilíbrio, com taninos macios, notas de baunilha e ameixa, bom corpo e excelente persistência

Por fim, o libanês Château Kefraya 2008 apareceu e não fez feio. Com aqueles aromas de estábulo, couro, sangue, ele encerrou o jantar com classe.

Para a sobremesa fomos com um incrível Banyuls, que estagiou por 3 anos na barrica antes de chegar às nossas taças. É claro que ele foi harmonizado da maneira clássica, com uma deliciosa mousse de chocolate e um bombom de morango ao prato!

Se morar no México for assim bom, vou começar a arrumar as malas!


Crédito das fotos: Evelyn e Jane Prado, do blog Château de Jane

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O primeiro Sylvaner a gente nunca esquece!

Esta última semana que passou foi tão desgastante, que o que eu mais desejava na vida era preparar um jantarzinho, vestir meu pijama, abrir um vinho e assistir a um filme jogada no sofá... 

Como o calor na cidade de São Paulo está intenso, optei por um risotto de limão siciliano e, para a harmonização, escolhi uma uva que jamais havia provado: Sylvaner.

Adquiri uma garrafa do vinho alsaciano Trimbach Sylvaner, 2006, na importadora Zahil a algumas semanas atrás. 


Essa uva, que produz vinhos leves, ligeiramente ácido e com um toque terroso, me surpreendeu. 

Com coloração amarelo palha e reflexos dourados, esse vinho apresentou aromas de frutas amarelas frescas, frutas cítricas e um toque de tomate inesquecível... Sabe aquele cheirinho terroso do tomate? Era exatamente assim... Uma delícia! Na boca mostrou média acidez, médio corpo, bastante equilíbrio e um final de boca onde o tomate voltou a aparecer... Vinho que agrada fácil. Boa pedida para os dias quentes que estão por vir!

A harmonização com o risotto deu super certo! Muitos aromas e sabores cítricos que se complementaram.


Em contrapartida não harmonizou nadinha com o queijo brie alemão que decidi abrir após a refeição!


O queijo era muito forte e gorduroso e a acidez do Sylvaner não aguentou a potência desse queijo. Acho que um brie francês se sairá super bem com esse vinho.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Que vinho você vai tomar hoje?

Não quero fazer um post ufanista, mas acho que o dia de hoje merece um vinho nacional! Afinal, passamos parte do nosso tempo valorizando os países e os produtos estrangeiros, mas o que estamos fazendo para nos valorizar? 

Por isso, vou fazer aquela perguntinha que eu adoro: "Que vinho você tomaria viajando pelo nosso Brasil, repleto de contrastes, mas de belíssimas paisagens naturais?"

Cascata do Caracol - Canela/ Jun. 2008
Pôr do sol ao Bolero de Ravel, na Praia do Jacaré - Paraíba/ Jan. 2009
Foz do Rio São Francisco - Maceió/ Jan.2011
 Espero que sua resposta seja "Espumante Nacional!" Bom feriado!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O momento faz o vinho!

Quantas vezes tomamos um vinho, em uma determinada situação, e ele parece ser sensacional? De repente, algum tempo depois, você decide abrir o mesmo vinho e ele se mostra tão sem graça... O inverso também acontece - às vezes um vinho sem graça, quando tomado em uma situação diferente, se mostra grandioso e inesquecível! Por que será que isso acontece?

É claro que quanto mais bebemos, mais críticos vamos ficando, mas tem um fator que, a meu ver, é essencial: as circunstâncias em que esse vinho foi bebido! Se você estiver rodeado por pessoas interessantes, divertidas, as quais você admira, em um lugar especial, isso influenciará, de sobremaneira, na sua avaliação do vinho...

Foi isso o que aconteceu no último domingo, em Ribeirão Preto, após o Encontro de Vinhos.

Estávamos todos curtindo uma piscina, quando decidimos beber um espumante (que já é delicioso), o catarinense Pericó Rosé. O inconveniente é que esse espumante já estava aberto a quase 24 horas. Mesmo assim, decidimos tomá-lo. Não haviam taças... Pegamos alguns copos de plástico... Sim, bebemos em copos plásticos, mas, e daí? Sem medo de errar, foi um dos melhores espumantes que provei na vida! E isso só se deu porque estávamos em sintonia, nos divertindo, aproveitando aquela manhã de domingo como se fosse a última... Afinal, sabíamos que mais uma longa semana de trabalho duro nos aguardava aqui na cidade de São Paulo... 

Ao fundo, Evandro (Confraria dos Panas), enchendo os copos de plástico. Em sentido horário, Jane Prado (Château de Jane), Eu, Alexandre Mathias, Alessandra Carreiro, Ana Paula Gonçalves e o idealizador do evento, Beto Duarte (Papo de Vinho)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O TOP 5 do Encontro de vinhos em Ribeirão Preto

Calor, piscina, amigos e vinhos... Esse foi o cenário (perfeito, claro!) em que aconteceu, pelo terceiro ano consecutivo, o Encontro de vinhos em Ribeirão Preto, organizado pelo jornalista Beto Duarte (do blog Papo de Vinho) e Daniel Perches (do blog Vinhos de Corte).

Reunidos no Hotel JP, o evento contou com mais de 20 expositores, que trouxeram muitos vinhos para nosso deleite. É claro que alguns merecem destaque especial, como aqueles que entraram no famoso "TOP 5".


Dentre esses rótulos, meu destaque vai para o chileno Espino, Chardonnay 2010, trazido para o Brasil pela importadora Dominio Cassis. Esse vinho merece ser destacado não só pela qualidade, mas também pelo preço - R$40,00.

Vinho fresco, leve, bastante aromático e perfeito para o calor intenso que fazia na cidade de Ribeirão Preto. Elaborado pelo famoso mestre do Chablis William Fèvre - esse vinho apresentou notas de limão siciliano, mel, um leve amanteigado e um pouco de pêra. Na boca, a acidez foi incrível e as notas minerais, marcantes. Harmonizou perfeitamente com boa conversa entre amigos, piscina, e um merecido descanso!